Tô azul, tô retado, tô
azedo, mas não tô com medo não. Eu tô pra não Ser e nem perpetuar, eu tô pra
Estar não pro mais do mesmo. É que vivo sem receios, e minto. Acabei de mentir.
Quanto medo tenho de Ser a “opinião formada sobre tudo”...só eu sei. Tô com
raiva, e a palavra trava no dedo, parece até pesadelo, mas desde guri aparento valente.
Tô triste também, Caê; que nem você nascido nesse mundo, ávido pra dizer tudo,
ávido pra sentir tudo, ser tudo sem Ser, viver e cantar, – talvez. Tô é com
raiva desse banho que me enxagua a cara amarrada e não se põe a lavar minha
alma.
Por Marcos Araújo
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Se não leu, não comenta bobagem certo?
Obrigado o/