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sábado, 27 de novembro de 2010

Falantes imagens.














Onde estais, senhor Deus?


terça-feira, 23 de novembro de 2010

O que fazem seus filhos agora?

Reificaram-nos, sim, somos coisas, objetos instrumentalizados para produzir, para quebrar a monotonia da rotina que se impõem em regra e nos esconder pacientemente em nossas casas aguardando que o dia recomece para a gente correr novamente. Isso é o que fazemos o tempo todo, estamos correndo, ocidentalizando nossa essência paulatinamente, corremos da polícia, corremos do ladrão, corremos para o trabalho, para a faculdade, para o médico, para múltiplas reuniões, corremos, corremos, corremos e a maldade implícita na rotação dos ponteiros dos relógios só se fazem valer quando a gente para, e nossas pernas já não obedecem mais a quem é de direito, ali o mundo materializa-se como é, sem ornamentos, sem má fé contra si mesmo, e a gente topa de frente contra tudo que temos fugido. Ali é que o mundo cai por terra.

Quando falta chão, quando não há mais lei de Deus para recorrer e quando a lei dos homens já não é suficiente para a maldade humana, é que paramos de correr, então queremos mudar tudo o que não foi mudado tantas outras vezes em apenas um instante de melancolia, as papilas da língua sentem o amargar da insegurança avançando e os olhos registram tão bem a trivialidade vulgar da morte de um garoto pobre, negro, morador da periferia, morrer dentro de casa ao se preparar para dormir.Ele enseja rever num outro dia o mesmo aspecto sujo que permeava sua rua, o tráfico de drogas que já preteriu o silêncio e hoje constitui uma verdadeira feira livre de narcóticos e armas de fogo, naquele menino havia um pouco de esperança, inclusive na sua capoeira, pois, não perdemos todas as nossas crianças ainda, seja para a morte legítima, ou para os assassínios sociais.

"Pelas vias tortas o Poder público se destrói: o Estado mata seu garoto propaganda, imagem não é tudo".
Malu Fontes
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O Terror tem nome, gênero e certidão de nascimento, se sua aplicação fatal anunciava na França quais cabeças rolariam em outra manifestação política de crueldade, o que temos então é uma adaptação letal de um contexto histórico até então considerado hostil e/ou caduco. Seria o homem do século XXI o dirigente de tamanha barbárie?As duas garotas decapitadas em Salvador na madrugada de sábado não evidenciam anacronismo algum. Podemos nos vangloriar pelos Ipads, pelas novas propostas de energia renovável, ainda há quem se permita odiar os gays, espancá-los, odiar os nordestinos, humilhá-los, somos todos ultramodernos; todavia, olhar com desprezo para índios autóctones que promoviam rituais de antropofagia, devorando apenas guerreiros dignos de ser devorados, e assistir com resguardo cabeças rolando na periferia da capital da Bahia, sob a égide da criminalidade, da impunidade e do silêncio, isso sim é selvageria, somos mais cruéis que qualquer jacobino extremado e mais selvagens que qualquer tupinambá.


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Caso não saiba, existe sim pena de morte no Brasil, via de regra para o cidadão honesto, de um lado agentes institucionais cujo princípio ético e legitimado da profissão é (seria) nos proteger, no outro extremo, os filhos bastardos da pátria amada, os que quase sempre estiveram do lado de fora das cordas do bloco camaleão, longe das vitrines bonitas dos shoppings, aquém das expectativas do mercado de trabalho, e talvez, principalmente, longe de escolas de verdade, ou seja, as que se estendem além de lousa, carteira, lápis e borracha. Nós estamos exatamente no meio, acocorados enquanto o tiroteio não cessa. Cada projétil funesto anuncia e encerra a vida de mais um miserável, mais um branco, mais um negro, mais qualquer ser humano que mais tarde entrará numa antologia jornalística, junto com todos os outros cujo sangue foi derramado em vão.

 Não compreendo se vivo na Itália fascista de Mussolini, se permaneço calcado indefeso nas mazelas do neonazismo, não entendo se respeito à Lei do Talião, ou se devo tomar cuidado com os castigos da Inquisição, porém, ao menos de uma coisa tenho certeza, como diria Ismael Benigno: “Eu quero ir embora desta Somália disfarçada”.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aguarde na linha, por favor.

Por Marcos Araújo

Eis o dilema do trabalhador brasileiro, a busca pelo pote de ouro escondido por trás da encosta, a saber, a procura por um lugar ao sol e com a carteira de trabalho assinada no bolso, são quinhentos e dez reais, salvo os descontos corriqueiros, todo mês o milagreiro pinta tristonho na conta (ou não), para pagar a escola dos meninos, financiar um tratamento dentário inadiável, quitar o aluguel da mãe que se equilibra no arrocho financeiro de nossa aposentadoria de mentirinha, ainda tem a doação para o transporte público, cujo serviço permanece aquém da arrecadação bruta furtivamente adquirida através dos bois que ele leva e traz para os abatedouros urbanos diariamente, um grande rebanho ferido e tácito, não aconselharia passear pela cidade nas tais horas de pico.A elasticidade das demandas na vida desses indivíduos são inesgotáveis, imprevisíveis, sempre há uma lacuna que a teoria prolixa da ciência econômica dispensa refutações por conveniência; todavia, o elemento substancial dessas problemáticas financeiras e pessoais é a existência do prezado emprego ou quem sabe de outra atividade remunerada, como o tráfico, note-se que me refiro a este como um mercado multifacetado, aqui você pode tudo, conheça a dor a delícia de ser o que é pela poesia de Caetano e sob a égide do país.
O sistema surge na vida civil do cidadão antes de tudo como um meio, não o considere fim último, com efeito, a sua eficiência pode beirar o ridículo e quando chegar sua vez de desiludir-se com o Estado em que vive, inclusive o Estado nação, verá que aquelas decepções conjugais  traumatizantes que você carrega desde a adolescência não representam um inconveniente tão absurdo.O povo, ou seja, nós mesmos, ouvimos falar do sistema de saúde, do sistema educacional, sistema previdenciário, sistema –corrupção(ops), porém , além da dúvida prevalecendo insistente no meio do nosso pensamento quanto a funcionalidades e meios práticos de resolução, o próprio sistema global de existência do Brasil nos diz todos os dias que está ligeiramente fora do ar, o sistema ri por contra própria, seus dentes pontiagudos feito  espada excalibur armam-se sorrindo indecentemente do nosso esforço, enfim, o maldito sistema é, está e estará inoperante por algum tempo.Cabe a um bom entendedor eliminar a transitoriedade desse arranjo semântico refletido no cotidiano.
Discorrer sobre os nossos problemas enquanto brasileiros me perturba, comparo a uma necessidade indômita a qual meu corpo sequer domina o direito de recusa, pois, é nesse espaço político, social, econômico, circense, que tenho construído dia após dia uma percepção de fatos sociais que convergem, transitam e morrem logo adiante, nos braços maternais do sistema, conspirações à parte, esse sistema tem muito mais de inimigo do que de companheiro, são variados entraves, hermetismos, falácias, sofismas, circunstâncias peculiares, tudo garantido no seu corpo servil e dito social, pronto para nos amparar quando o assunto se tratar de sair da bolha e correr para as ruas p'ra buscar emprego nessas intermediadoras decadentes de mais valia(mão de obra), para os hospitais, para os bancos, para as universidades públicas etc.Existe um regime muito próprio de burocracia e deficiência generalizando-se e especializando-se por aí, sendo assim me pergunto por qual razão tudo precisa envolver narrativas tão meticulosas e o que podemos fazer para deixar todos os copos d’agua longe das tempestades instantâneas e a longo prazo.O jeitinho brasileiro é uma fuga, você reclama dos atalhos já instituídos ilegitimamente; contudo, venda os olhos e perpassa toda sua extensão facilitada, correndo da dificuldade e fingindo levar consigo o exemplo mais notável de retidão nessa grande celeuma, tudo isso com uma bandeira positivista amarrada na cabeça, tentando esfriar o juízo com ordem e progresso intermitente, com hora certa e limite vergonhoso.
Cuidado, é o que digo, dentre as entidades enigmáticas que existem aqui, o sistema reina absoluto em todos as alçadas, mas no topo médio da teoria, na mediocridade da falta de definição provocada, que não existe apenas por um acaso. É burrice sentir-se a parte do sistema, sua misantropia é de brinquedo, você não tem escolha nesse discurso retórico de participação democrática (mera construção teórica), ou você se adequa, ou a sociedade te expele como uma célula o faz mecanicamente com o que não lhe convém; você precisa se sujar para se consagrar nesse corporativismo hediondo, do contrário, saiba desde já que tentar se manter estéril pode tombá-lo antes mesmo que qualquer operador desavisado te diga mais adiante que o sistema caiu, ele não tem nada para você. Você é nada, por favor, permaneça no final da fila.

domingo, 7 de novembro de 2010

"Brasil, mostra a tua cara!"

Meu amigo blogueiro Elenilson Nascimento tem razão, o Brasil é, com efeito, o país da piada pronta.Diria mais, a piada é insossa, ninguém ri no final e sempre flutua um silêncio constrangedor, todos ficam quietos, já derrotados, desfalecidos por uma cultura que transpira heranças culturais de uma colonização predatória.O brasileiro é um ser humano hospitaleiro, não o compararia com o resto do mundo, pois, às vezes creio que o resto do mundo somos nós, desconfio que o mundo corresponda a outra sociedade, outra organização ainda que chauvinista, etnocêntrica, pode ser algum aglomerado de gente alheio no mapa mundial que reconhece como legítimo àquele espaço delimitado pela geografia, mais do que isso, eles transformam esse limite na barreira que existe na cabeça de todo cidadão corrompido pelo domínio dos senhores do imperialismo e da indústria que jamais dorme.Enfim, Monroe diminuiria o discurso e diria apenas : “A América para os americanos”.

No último domingo, dia 07 de outubro, o centro cultural da Lapa,no Rio de Janeiro, recebeu o elenco da saga vampiresca de Sthepenie Meyer, cujo primeiro filme, Crepúsculo, estreou em segundo lugar nas bilheterias brasileiras em 2008. Não havia problema até então, até o momento que os moradores e comerciantes da região viram-se impedidos de circular para suas residências e ou estabelecimentos comerciais sem a apresentação de um comprovante de residência, o povo brasileiro não tem direito a uma escola pública de qualidade, a saúde, a condições de moradia adequadas, a segurança pública e mais recentemente vem perdendo o direito de ir e vir.



"Pago IPTU caríssimo, tenho direito de ir para a minha casa quando eu quiser!", protestou um morador.


Revoltados, os moradores queimaram banheiros químicos e instalou-se a balbúrdia, eles não são bárbaros, não são criminosos, não invadiram o território pertencente a outrem e nem entraram ilegais nos EUA pelo Rio Bravo, são pessoas de carne e osso, com contas para pagar, filhos em casa, problemas com a hipoteca, crises familiares, enfim, pessoas cujo sangue tem sido sugado paulatinamente em cada um desses escândalos em que o direito público confunde-se com o privado, nessa mistura heterogênea que é a receita mais rápida e prática da injustiça.
Certamente muitos fãs e simpatizantes da saga não enxergam a gravidade da situação, como perder tempo pensando na falta de respeito para com o nosso povo se podemos fritar no sol, pelas redondezas do set privado em plena via pública, na esperança de pegar o melhor clique de Robert Pattison?Não aconselharia nenhum cineasta brasileiro a enveredar-se nesse caminho, no dia que um brasileiro pensasse, observe, apenas pensasse em fechar um beco esquálido do Broklyn para gravar um curta metragem, era a hora de nos armar até os dentes, com nosso nacionalismo de copa e com o santinho da eleição passada no bolso e correr para Terceira Guerra Mundial.

Figurantes ganham R$ 70
Tapumes de ferro bloqueiam a rua Mem de Sá, impedindo o acesso de pessoas que não integram a produção do filme. Todos os figurantes que irão trabalhar assinaram um termo de responsabilidade, dando a certeza que não vão divulgar imagens do longa. Os que vão aparecer caminhando como pedestres comuns foram contratados por R$ 70. Os veículos de  figuração além de receberem R$ 100, ganharam uma placa especial de identificação. 
Fonte: www.paineldenoticias.com.br


Não é a primeira e infelizmente não será a última que um estrangeiro mostra ter mais poder de fogo em nossa terra do que nós mesmos,brasileiros de araque, o pior é perceber que enquanto há dez pessoas transbordando subversão, há mil por trás dela desligado de qualquer fonte de respeito próprio e coletivo, com os olhos voltados para o sonho americano e padrão europeu de que não fazem parte, nem da pele clara, nem dos cabelos lisos e muito menos do estilo vida, adotado como referência tão facilmente que a imposição cultural fez-se desnecessária com o tempo, tudo se tornou mecânico, ninguém tem cabelo crespo, ninguém é preto, o som de Chico Buarque é um lixo e assim o buraco aprofunda-se em zilhões de quilômetros abaixo, com “Z”, de BraZil.


"Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles (os brasileiros) dizem obrigado", diz Sylvester Stallone, no painel de divulgação de seu filme Os Mercenários, durante a Comic-Con 2010.

Se quiser mesmo saber o que penso, talvez seja melhor para de ler neste parágrafo e procurar outra distração. Monroe tem razão, a América é deles, o argentino, o peruano, o chileno, o paraguaio, o uruguaio, o brasileiro e os outros podem se considerar o apêndice do continente, “o adjetivo esdrúxulo com U, é o que diria Caetano. Falando em nome do brasileiro, este povo resignado e sem muita vergonha no lombo para uso próprio; contudo, passível de comercialização, digo que dificilmente nossa sociedade saberá driblar esse péssimo hábito de prezar por tudo que esse país importa e desprezar a importância do que nós produzimos, do que nos pertence e do que nos é furtado, antes todo Estado vem a unidade e a unidade representa cada um de nós.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"Nordestitos", uni-vos!

Neste último domingo de doces travessuras eleitorais, tão insossas em nosso paladar já calejado pelo amargar incessante da frutífera política de alguns da sociedade brasileira, assistimos de nossas casas uma sucessão presidencial polêmica para o Brasil, no dia 31 de outubro de 2010 o povo brasileiro contemplou uma mulher, Dilma Rousseff, eleita antes de tudo pelo Presidente Lula, ulteriormente pelo povo, uns esperançosos, outros tantos maltrapilhos e já acocorados diante dos problemas espremidos nas múltiplas bolsas, alguns certos de que vão ter sua fatia no bolo, ainda incluo os baianos, gaúchos, paraibanos, cariocas, paraenses e paulistas,ou seja, de múltilpas descendências, todos brasileiros,  mas, diga-se de passagem, que a ascendência da presidenciável Dilma Rousseff não esteve estritamente nas  mãos de gente miserável, e apesar de ser um grande contingente humano, o povo nordestino, note-se estigmatizados historicamente pelas mazelas da construção sócio-econômica do Brasil, não legitima e desconhece esse poder de eleger presidentes, seria como se toda população estivesse imersa numa corrente ideológica homogeneizante, de todo modo, se a realidade correspondesse à essa assertiva anterior ainda estaria agradecido, vai que todo nordestino tivesse as mesmas características biológicas?Aposto que a população baiana sumiria do mapa, algum mais perverso trataria de bombardeá-los com uma arma biológica pestilenta, pobres baianos! Sim – eu disse “baianos” –  já que para alguns dos não-autóctones do Nordeste, todo baiano é nordestino e vice versa, possivelmente Mayara Petruso deva seguir essa linha de raciocínio, contudo, raciocínio pressupõe racionalidade, eu não vejo razão numa estudante de Direito, paulista, resguardada no seu mundo permeado de preconceitos, falácias e ignorância.

"SP: mate um nordestino afogado", disse Mayara Petruso que não gostou do resultado das eleições e 'culpou' a população do Nordeste

Questiono-me que tipo de formação histórica nossas escolas têm oferecido para nossos futuros juristas.A piada interna disso tudo cria-se do lado de fora, quando o brasileiro tipicamente regionalista e sectário é deportado num  aeroporto espanhol sem mais delongas, quando o estrangeiro que geralmente é tão bem acolhido por aqui, olha com desprezo o latino americano distante da “real civilização”.Se não renovaram nomenclaturas creio que isso seja um desdobramento do etnocentrismo, é triste assistir “O Menino do Pijama Listrado” e dar de cara com a repulsão alemã para com os judeus.Pobres negros, domesticados num navio negreiro rumo à escravidão, mas graças ao altruísmo da Princesa Izabel foram libertos ontem, tal como são hoje(sic sic), eu vejo franceses repudiar ciganos, vejo ingleses renegar indianos, nações odiaram-se mutuamente, odeiam-se, o próprio e legítimo homem civilizado dizimou tribos indígenas na América e o discurso último quase sempre foi e é o mesmo, igual.
Essa igualdade, inatingível, intocável, utópica, mitigada, do valor humano, da vida, dos direitos, só não se concretiza socialmente pela incapacidade dos homens de abdicarem do egoísmo, do eixo mais curto que existe entre os olhos e o próprio umbigo, é mais rentável odiar tudo mundo, atribuir a culpa de tudo o que for ruim ao outro e jamais a si mesmo, pois aí mora toda e qualquer possibilidade de crescimento e de propulsão para criar sentimentos de secessão, assim fica mais fácil deitar e dormir sem pesar.
Que fique o aviso para os nordestinos, cuidado na hora do banho de mar, se ouvirem a trilha sonora do filme "Tubarão", agarre seus filhos, aguce os sentidos, talvez seja a hora de nadar com agilidade e tentar fugir de Mayara Petruso ou de qualquer um de seus discípulos.

Sendo assim, pergunto: e se estupidez matasse?


NOTÍCIAS:



Mesmo sem os eleitores do Norte e do Nordeste, Dilma venceria Serra


Por Marcos Araújo

Caravelas

Pus no meu peito o benefício da lembrança
e minha tristeza numa grande caravela
montando aos poucos minha própria equação
sem grandes formas ou fórmulas perfeitas.
Eu quero ter de volta minha esperança
e o riso livre cuja terra engoliu
Rir, mas como criança, sem medo,
sem evitar exagero.
Escorrem as lágrimas sobre o rio seco
caem teus cabelos desta cabeça vazia
ecoando discursos incoerentes enquanto
minha caravela segue em frente.
Ainda assim entendo pouco, pois quando
durmo e me arrancam o sono:

b r i g o d e n o v o
g r i t o
e m a i s u m a v e z o t e m p o p a s s o u.

Mais uma vez meu navegar mudou, há toda hora surge um mundo novo?