Seguidores

sábado, 31 de julho de 2010

O princípio das coisas



Definitivamente, eu não sou o que tenho, não consigo (graças ao bom senso) viver em favor de acessórios, bugigangas, títulos inúteis preenchendo uma aspiração vaga e válida apenas para gente medíocre, vazia. Eu não sou meu celular, meu apartamento, a roupa que visto, o meu valor ainda não pende a quantidade de seguidores no twitter e nem irá, se quisesse uma legião de fãs não estaria cursando direito; corria para os palcos o quanto antes e me arriscava na música ou arquitetava uma igreja nova, se você souber o que dizer para preencher esse vazio interpessoal gerado e generalizado para quem "nunca pode", doutrinar não vai ser lá uma das tarefas mais complicadas.
Eu quero culpar o capitalismo, se você acabou de pensar na palavra "clichê" e que é bem mais fácil seguir essa assertiva, acertou!Não vou ser tão audacioso a ponto de querer medir e justificar essa característica execrável de alguns, ante desse princípio o máximo que farei é dividir isso com meus leitores mais próximos.
Às vezes a diferença externa entre a primeira e segunda pessoa, está na marca da calça usada por elas, apenas, a última nem se sabe que diabos projetaram a existência, enquanto aquela é conceitual, fina, de marca, grife importante da alta burguesia. O descompasso, porém, pode afetar a barriga e não é através de um desarranjo gástrico, mas pelo fato de que enquanto um come, o outro passa fome, enquanto um se queixa da acne num consultório dermatológico, outro apodrece junto com todas as chagas do corpo no meio da rua, se pra uns Deus é amor, existe e acolhe, para tantos outros e outras, ele permanece num resquício católico de esperança próprio do subdesenvolvimento.
Eis que surge a arma de fogo, mão de ferro disciplinadora do Estado, até que caiu sob a custódia do primeiro homem franzino e insatisfeito nivelando o rico e o pobre, o cristão e o herege, o bom e o ruim, o estampido do projétil pôs todo gênero num mesmo prisma onde  o poder pertence a quem puxa o gatilho primeiro, não há meio termo. Eu não via o mundo mudar dessa forma, já nasci sob a eminência dos fatos acompanhando as diferenças que minha ótica permite alcançar.
Dessa máxima conclui-se o seguinte caro leitor, o oprimido é uma figura efêmera e possivelmente será o opressor de amanhã, em qual lado você se equilibra melhor ?

terça-feira, 27 de julho de 2010

" It's over, it's so over . . ."



Hoje vou reduzir minha oratória, juntar tudo que saiu do lugar novamente e dormir apenas com a leveza do meu pensamento, com a certeza inconstestável de que fui feliz enquanto havia de ser e continuarei outras tantas vezes.Não acredite nunca no acaso que você acolhe pra viver seu amor, custa-lhe uma parte do seu coração que até outrora nutria em teu peito um dos sentimentos mais nobres.É preciso saber a hora de fechar a porta, não é bom pagar pra ver novamente quem feriu ou quem se machucou mais.

" Torna-te que tu és "

Mjavascript:void(0)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os capitães de Jorge




Eram dois pequeninos, meninos de rua não têm sexo, eram apenas duas tristes existências acolhidas pela sujeira e pelo sol. Seus cabelos crespos enfeiurava mais ainda aquele corpo, leia-se amontoado de ossos, um ainda com um breve sorriso na face ceifava os limites do absurdo e nas costas do irmão se equilibrava para malabarizar a fome. Eu vi aqueles garotos, que não se prendiam a um seio maternal no meio fio, não estavam dividindo os espaços sociais, ambos no meio da rua. Larga rua do mundo inteiro, sem beco, sem teto, sem quarteirão, o espaço não possui a outrem, mas ao vazio de sua habitação nômade, ao acaso da vida ou do crack que lhe concedeu a miséria de estar vivo.


Vendo aqueles meninos fiz crescer em mim um homem grandioso, e se minha mãe, meu pai, ou meus irmãos me permitiram chegar até aqui, no limite mais palpável do meu conforto é pra que eu possa crescer num mundo que deve, entretanto, crescer comigo. No meio dos carros e do desprezo, enxerguei a razão do tiro ao alvo constante das balas perdidas, como nunca havia antes, minhas lágrimas despencaram em pensamentos do mais absoluto horror, ali era gente da nossa gente, e se eu estava a ir pra para casa, para onde eles iriam depois de outra cruel humilhação?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Passe a borracha no país de Alice


Eis o momento que você para dez segundos, respira, cerra os dentes uns nos outros e abre mão daquele momento. Poderia ser um instante decisivo de aplicar reformas, mas você encontra o ponto de restauração que ninguém configurou no meio daquela confusão e sem rodeios reinicia. Sim caro leitor, não se afogue na afronta de comparar o teu ser místico, estéril, planejado em mil propósitos pelo poder divino, a um microcomputador, frio e esquecido num escritório racionalizando informações, recuperando os erros que pode incomodando o mínimo possível. O criador bem que podia ser mais inteligente do que aparenta e fazer de si mesmo quadro branco a ser codificado pela própria invenção, não para mecanizar as relações, o amor incondicional das mães, os primeiros suspiros bobos de paixão, para adequar, porém, todas aquelas situações que de pequenas bolinhas de gude crescem numa fração desprezível de segundos num caráter cancerígeno, colocando tudo a perder por tão pouco.Viva o que é necessário viver e encare o revés se for o caso, mas fique atento, as circunstâncias não precisam de sua permissão para confrontar sua emoção, por todos seus neurotransmissores em curto para que você nem perceba em que instante perdeu o controle, se faltou a aula desta ciência, por favor,respire fundo, guarde a impulsividade na última gaveta do seu mundo e seja no mínimo conveniente.

M.Araújo

segunda-feira, 19 de julho de 2010




Ontem, procurando algumas informações pelo Orkut, relacionado a meu futuro centro acadêmico particular, no qual ingressarei por intermédio do PROUNI, tive a infelicidade, o desprazer de encontrar alguns tópicos advindos de comunidades acirrando cada vez mais uma disputa de enunciado ignóbil, separatista, baseado naquela idéia medíocre de que se você se prejudica, eu me beneficio, se o teu teto desaba, eu levanto minha muralha chinesa, se você adoece, eu disparo em primeiro lugar na “São Silvestre” vendendo saúde, essa brincadeira de comparar quem tem o pau maior me deixou com aquele gosto amargo na boca, que só a frustração de conviver com tanta bobagem traz para quem ainda não abdicou do exercício de pensar. Já havia comentado numa postagem anterior, a gente vive num país que se une pra o carnaval e pra acompanhar os jogos da copa, ao fim desses eventos cada um volta pra seu universo particular, isolado de toda problemática circundante.
 ”Ih foi mal! A minha é federal!”, ”Ih foi mal! A minha é estadual”, ”Ih foi mal a minha é melhor que a federal/estadual”,” Ih foi mal! Jardim de infância ou primeiro colegial?”, e daí observei a gênese de infinitas discussões voltadas para a humilhação alheia, com o simples objetivo de estabelecer um confinamento numa torre de marfim separando o joio do trigo, apontando, julgando, sem o mínimo de interesse de utilizar o espaço fornecido pela internet  de revitalizar o poder popular mais potente que um país  poderia dispor, o poder estudantil, a idéia cresce em geléia geral, toma as rédeas das ofensas e numa busca incessante de dados que não vão beneficiar ninguém envolvido nessa manifestação fútil.

Reconheço a qualidade própria das instituições privadas, assim como as públicas, e cada uma delas possuem problemas inerentes a um país subdesenvolvido onde a educação ironicamente representa um problema, fato que ninguém pode negar.Uma pequena parcela das pessoas tem acesso  a um ensino de qualidade, preparação adequada pra ingressar uma faculdade, enquanto o filho de alguém que mora do “labo B” de sua realidade limpa o pára-brisas do seu carro sabendo apenas desenhar seu próprio nome.Garanta um instante do seu tempo e pense nessa questão, seu status hoje em forma de unidade não vai modificar nada no nosso parâmetro educacional, seja ele de qualquer origem, vamos parar de bobagem e voltar os olhos pra nossos estudos e lembrar que 2010 não é um ano importante exclusivamente por conta da copa, mas nem todos os dias podemos contribuir e acreditar no crescimento do país através da eleição.Agora eu imagino que a geração dos caras pintadas se debatem no túmulo e aqui pra nós, com toda razão.

“Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro”

Gabriel, o pensador

sábado, 17 de julho de 2010

Ego



Eu, bicho papão gramatical
É meu, minha pessoa
Não importa se não me toca
Não me importo
Eu disse, eu avisei, eu ordenei
Repetição massacrante.
Realidade cósmica fagocitária
“Decifre-me ou devoro-te”, diz a Esfinge.
Enquanto grito:
- Me ame!
-Toque-me
-Me surpreenda

E se tentei me fazer entender
Não digo, não peço e mais uma vez não ligo.
Não há medo no fim do espelho
Meu eu, judeus e ateus padecemos numa intercessão.
Outros pronomes são tão cansativos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Roda Viva



Há um tempo atrás foi ouro o que já não reluz
E dizem : " Tinha que ser assim! "
Os ventos não sopram mais os mesmo litorais
Eu sei, eu sei . . .
Mas não preciso entender ou ter certeza que estou vivo,
perto desta gente omissa, a sós com suas fraquezas.
Mas não preciso entender ou ter certa que estou vivo,
nas engrenagens que sustentam as megalópoles.

Nós somos livres, mas não estamos salvos.

E os "outros" são "eles", nada mais.
Nós somos livres.

NÓS SOMOS LIVRES!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A galinha dos ovos de ouro



Cabral, absorto no balanço contínuo das ondas do mar, inspirando de longe saudosismo dos portos lusitanos, é atingido de súbito por um dos seus tripulantes que diz :

" - Senhor, senhor! Estamos afundando! "

E mar abaixo imerge a embarcação,junto com toda corja portuguesa parasita que não teve a mesma sorte que Caramuru, cujo destino reservou em terras tupiniquins a sorte de permanecer vivo nas faces fraudulentas do filho do trovão.
Mas o que vem depois, que diabos teria acontecido se por um acaso o Brasil não fosse dominado e colonizado pelos portugueses ?
Numa inocência até infantil, alguns anos atrás, já cheguei a montar uma conjectura refletindo na nossa provável colonização através de outra nação européia, que por sua vez poderia resultar numa realidade social menos degradante do que a que temos hoje, é a partir daí que entra a história e a importância relevante de entender qual o mecanismo que ordenava o mundo quando a nossa existência era completamente indefinida.Apesar de também ter sido colônia, os EUA gozam de um padrão de vida relativamente superior aos povos do Sul, mas isso não quer dizer que sua respectiva metrópole, Inglaterra, era benevolente e cooperava para o desenvolvimento daquele povo.Além de ter desenvolvido uma colônia de povoamento, nos EUA não havia grandes atrativos econômicos para engordar os cofres mercantilistas a não ser em regiões onde predominava o trabalho escravo.A França colonizou o Haiti, a Holanda quebrou o açúcar brasileiro enquanto comandava as Antilhas Holandesas, a Espanha dominou boa parte da América do Sul e o quando esse contrato potencialmente ambicioso cessou com esses países, assim como o ocorreu com o Brasil, o que sobrou foi o retrato de uma colonização de exploração que não acrescentou em nada em nossa estrutura político-social, mas que levou ao genocídio, a dignidade de promover nossa cultura de origem, nossa riqueza, a corrupção da identidade nacional por povos dito civilizados e por fim, o atraso histórico promovido pela igreja católica buscando novos fiéis, por conta da ameaça eminente da Contra-Reforma avançando na Europa Ocidental.



Tenho convicção que nós não pedimos que chegassem navios aos montes, fincando bandeiras em nossa terra, julgando-a então como descoberta, para levar nosso Pau Brasil em troca de quinquilharias, catequizar nossos índios ignorando seus costumes, promover o genocídio, vitimizar o povo africano com o câncer da escravidão, levar nosso ouro para sustentar os luxos e os rombos financeiros provocados pelos nobres, NÃO!Com certeza nós não pedimos isso!Jamais pense que Salvador seria a Miami sul-americana caso os ingleses tivessem a sorte de chegar aqui antes dos portugueses, as nações européias queriam lucrar e crescer as nossas custas e seria outra bobabem pensar que vivemos outra realidade hoje, basta observar quem é o brasileiro e o que ele faz lá fora.Não é a toa que o Brasil já foi definido como "celeiro mundial", enquanto o mundo se moderniza e se lança num mergulho indômito rumo ao topo da Terceira Revolução Industrial, enquanto a gente planta soja para exportação, assim como era feito na época dos poderosos engenhos de açúcar.Não posso deixar de reconhecer que aos poucos alguns reparos históricos vem se estabelecendo, mas não é novidade que ainda temos uma longa cruzada para desbravar, como diz Caetano : " Será que essa minha estúpida retórica, terá que soar, terá que ouvir por mais zil anos ? "

sábado, 10 de julho de 2010

" Mate-a se for capaz "





Outro dia eu citei o caso Nardoni ironicamente numa postagem e um sujeito argumentou :      " Caralho, mas tem um povo q insiste em citar nesse circo midiático que foi o caso Nardoni, hein? Tô vendo q o domínio da mídia sobre as mentes mais impressionáveis está longe de acabar..."

Agora vamos fazer uma pequena viagem, imaginaremos juntos que você, caro leitor, tenha um daqueles vizinhos estilo mala sem alça que passa o final de semana inteiro ouvindo um cd com o estilo musical que você detesta.Você trabalha a semana inteira, estuda, briga com a sogra e sempre que não tem dinheiro pra fugir da rotina é obrigado a permanecer no meio daquele barulho incômodo, aquela melodia irritante que aos poucos invade sua cabeça e de repente, numa daquelas horas de distração dominical, você se vê pensando na letra da música que você não tem em casa, mas que absorveu pela força da repetição, do hábito involuntário conseqüente do ritual de tortura ao qual seu vizinho generoso te expõe.Em linguagem mais simples afirmo sem dúvidas, nós não somos matéria pura isolada do ambiente circundante, absorvemos muitos costumes por "difusão", é como aprendemos a se relacionar socialmente, a criança não nasce pré-programada, ela segue o mesmo parâmetro das leis consuetudinárias de Roma, baseadas na tradição, isso com certeza vale para você e p'ra o teu vizinho que adora o Rebolation.

" A janela para o mundo pode ser coberta por um jornal "

Onde é que a mídia se encaixa nisso?Bem, certamente ela não corresponde em totalidade ao discurso anterior, mas há o que complementar no seguinte, boa parte das pessoas moldam-se ao padrão que a mídia quer, este ela vende numa lei onde a procura crescendo sempre em progressão geométrica, torna o preço muito caro para quem não pode arcar com prejuízos tão grandes quanto silenciosos.O espetáculo mais recente, em torno do goleiro Bruno, não me permite contrariar o fato de que o sensacionalismo não corresponde a uma incógnita, mas ao fato consumado e consumindo nossa atenção, nosso ato pré-meditado de pegar o controle da TV e apertar o botão que vai encher nossa cabeça de mais polêmica, alarde, problemas, mais alienação e naturalmente na instalação desse show de horrores que tão cedo não vai sair de nossas faculdades mentais, como não deve mesmo.Esquecer é um verbo de terceira conjugação, mas de primeira linha quanto se trata de ser brasileiro, em que foi mesmo quem você votou na eleição passada?Nós não esquecemos o comercial novo da Nike, a nova paródia polêmica da Lady Gaga, o escândalo da Britney sem calcinha, os pontapés do Felipe Melo, mas é tão fácil esquecer dos crimes hediondos, dos esquemas de corrupção a nível estadual, nacional, mundial, esquecemos o menino de rua, sujo, do outro lado da linha que divide os espaços de quem vive em algum nível de decência e de quem passa fome. 



Talvez seja por isso que eu me afundo nesse baú de ignomínias de forma sutil para manter viva aquela indignação de tudo que a gente não deve esquecer mais, para que futuramente possa ser corrigido, não vamos anular a morte de ninguém, nem instalar um tipo de socialismo utópico para tentar reduzir danos, mas entrar numa dieta moral e evitar enriquecer a tradicional pizzaria brasileira, que já não possui mais infraestrutura pra comportar tanta sujeira.Eu aconselharia a meus melhores amigos a ter muito cuidado com o que eles andam lendo, ouvindo e assistindo por aí, garanto que nossa TV não ficaria ligada por mais de uma hora  se houvesse algum tipo de filtro para os mecanismos de dominação e alienação, mas se quiser fugir mesmo do domínio nefasto da mídia, é melhor se apressar e arranjar algum lugar bem seguro pra ficar em Urano, se não parecer uma boa idéia, pode tentar desfazer toda essa confusão e desejo boa sorte, pois até hoje não vi um homem sequer que conseguiu derrotar o sistema, no final das contas quem sempre leva a melhor é o Mc Donalds, sacou?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Menino do Pijama Listrado

A dor seria menor, a plenitude do amor sincero entre os homens culminaria num mundo melhor para viver, extender nossa existência a nossos filhos igualmente felizes, de caráter reto, desprovidos das mentiras auto afirmadas toda a vida para que num dia remoto venham a se parecer com alguma verdade útil.Seria Israel na mesma gangorra do Tio Sam em perfeita sintonia infantil, seria a inocência barroca perdida numa loja de doces e os arranha-céus sempre seriam novidade, precursor daquele briho tão especial em olhinhos tão minúsculos, queria nós tê-los.Eu queria ter,por que não?
E não haveria guerra, nenhum ser humano ia padecer em escravidão, afinal o azar é todo nosso de um dia não enxergar mais a vida que nos cerca pelo olhar estéril de uma criança.

Por Mark.




• O Menino de Pijama Listrado (2008)

SINOPSE :


Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto ao seu redor conforme seus encontros com Shmuel se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras.

Está aí um filme que merece ser assistido e reconhecido, baixem e boa sessão !

•DOWNLOAD :

FICHA TÉCNICA
Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 93 min
Ano de Lançamento: 2008
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 294 mb
Servidor: Megaupload

www.megaupload.com/?d=TTRDONL4 (cole no seu navegador)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nem tão fora de hora.


Sim, todo mundo adora chutar o balde, jogar toda água suja andar abaixo sem se preocupar com quem vem passando (azar, oras!), aquela sua tia distante que você só vê nas festas natalinas ou na ocasião extraordinária de algum falecimento, dissimula, sorri cordialmente sempre que pensa em sair pela sala armada com uma faca e decepar a língua do autor daquele comentário infeliz que sempre estabelece a tensão na mesa.Seu namorado talvez já tenha pensado em atirar você do sexto andar, para não fugir à moda Nardoni, sempre que você começar a fantasiar enlouquecidamente dentro do ciclo desconhecido dessas suas reclamações recorrentes, chatinhas, vindo a tona de tempos em tempos pra te dizer que ainda está tudo ali, é só uma questão de “momento errado” para você abrir a porta do seu inferno particular e explodir.Mas toda essa delonga é pra tentar mostrar a ladainha universal que as pessoas convenientemente esquecem , somos todos seres humanos, não somos perfis, a gente não pode querer reduzir o outro a um parâmetro de boa conduta porquê isso sacia essa necessidade que é inerente ao homem de querer transformar a projeção na realidade, é como pegar um dessas babaquices oriundas de Hollywood e tentar aplicar aquilo nessa vida comum a todo brasileiro.
Que raios estão me fazendo escrever essas coisas?Pois bem, estou irritado, acordei introspectivo, sem muita vontade de pensar, de fazer planos, de viver o dia pela unidade que estabeleci e não é o que preciso ouvir sobre não “fazer” ou “estar” que muda alguma coisa, é o fato d’eu ter o direito civil e constitucional de odiar o mundo inteiro quantas vezes eu quiser por mais que isso soe “rebelde sem causa”, na eminência do senso de realidade que sempre está comigo, tenho o direito de simplesmente me poupar da dissimulação, eu não sou assim e se há quem seja não é pela vontade de lesar a consciência de ninguém, mas questão de sobrevivência, a maioria das pessoas a seu redor vão estar contigo enquanto seu dinheiro, saúde e sorriso se mantiverem estáveis.Eu não vou dizer que ninguém precisa compactuar com essas formalidades da convivência, até porque não seria uma boa idéia você chegar na empresa que trabalha batendo a porta e jogando a mochila na mesa do chefe, mas sempre que puder dê um tempo pra você mesmo ao invés de sorrir para o espelho ao ponto de tentar provar pra si que está tudo bem e que aquele momento deve ser visto pelos olhos dos outros, não pelos seus, você tem o direito de rir, chorar, ficar pensativo, chateado, e de abrigar essas bobagens que constroem o cotidiano que até ontem compôs sua vida, que está compondo agora, e os Menudos não cairiam mal pra te dizer uma bobagem tão significativa : “ Não se reprima”!
Água suja não foi feita para as nossas casas, não há hora marcada p'ra chutar o teu balde.

sábado, 3 de julho de 2010


Sim meus caros, acabou a copa(pra nós), os pontos facultativos, as bombas, o canto ensurdecedor das vuvuzelas, as multidões se amontoando nos pontos turísticos do Brasil para acompanhar os jogos e por fim chegou a hora do país observar atentamente os projetos aprovados no congresso enquanto o povo torcia cegamente, os crimes incontáveis que não foram interrompidos pelo brilho da nossa seleção, como toda jornada chega ao fim, tivemos que guardar aquele sentimento nacionalista que a gente desembolsa só de quatro em quatro anos pra lembrar que somos brasileiros e olhando friamente nesse sentido, deveríamos representar essa unidade de estado com mais honra e consciência nessa confusão de pátria amada, salve, salve os que sabem cantar o hino, não os que gravaram pelo força do hábito alheio, mas os que graciosamente tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever com dignidade.Sim meus caros, repito, acabou a copa pra nós, popularmente diriam que entrou água, assim como em Alagoas, onde não só a competição foi perdida, mas sonhos, ante queridos, lares e mais lares emersos na mais absoluta desgraça.Em 2006, disseram que 2010 era logo ali, nada mudou e agora penso que se estamos tão perto de 2014 como tornaram a dizer, no mínimo posso torcer com a fé cega de algum desses fanáticos religiosos, pra que a gente pelo menos passe de 2012, só me resta dúvidas se seria tão ruim se tudo realmente acabasse como os maias previram, de qualquer forma é bom dar o toque que falta : “ Acorda Brasil! “

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pinoquizando


Sim, há fatos cruéis sobre a verdade, ô valorzinho moral chato, tantas vezes definido, cobrado, substituído por aquela opinião conveniente que a gente maquia com todas as cores possíveis, para o dicionário tirar nossa máscara e decidir que meias-verdades são omissões e pronto, mais uma vez você fica costurando seus botões a pensar até que ponto a sinceridade é magnânima e benfeitora, fora da teoria. Eu lembro bem de alguns episódios da minha infância, nos quais minha mãe, muito rigorosa na função de educar, dizia : “ Meu filho, é feio mentir, se fizer isso já sabe!”.Mas a verdade é que todo mundo cresce mentindo e escondendo aquele porta retrato que você quebrou enquanto brincava na sala, se ninguém lembrar dele é um alívio, caso contrário a negação quase sempre é instintiva, oras,ali valia a pena correr de algumas palmadas e quem disser que não, já está mentindo.Você cresce absorvendo aquela ameaça boba, que mais tarde vai se tornar a arma a todo tempo apontada pra sua cabeça cobrando em sua vida uma honestidade de retidão inquestionável e aqui pra nós, qual homem desde sua organização primitiva que cresceu sem jogar no mundo uma mentira sequer?Desde que o entendimento genérico de “viver” atingiu o meu alcance eu passei a compreender esse mecanismo, não que esteja promovendo a dissimulação, a mentira constante na cama, mesa e berço, mas tenho cada vez mais certeza que alguns fatos podem ser cuidadosamente esquecidos, irrelevados ou ter qualquer fim contrário ao caos gerado pela boa fé dos tolos.Se pudesse negociar com Deus o reparo nessa constituição complicada do ser humano, sem dúvidas consertaria sem mais delongas esse vício, esse defeito de fábrica que nos remete quase sempre a só querer lidar com o que nos permite dormir sossegados toda noite, eu ia destruir esse botão de “stop” que só a gente aciona na hora de admitir o mundo real, a verdade do outro que nos tira a paz, atormenta,o choque de realidade que acaba por digerir sentimentos tão honrados como o amor por exemplo.Assim a gente podia encaixotar aquele ditado popular aconselhando sabiamente que é melhor não perder a oportunidade de ficar calado, como tantas vezes eu perdi, como tantos amigos perderam .Agora que certas lições já me parecem obsoletas e alguns discursos estritamente requintados, muito felizes apenas para os que compartilham da mesma ilusão de existência, obedeci ao exemplo dos meus poucos anos de vida para praticar o exercício de trazer a tona somente as verdades que podem ser ditas sem causar nenhum estrago, sem render nenhum drama a longo prazo, escândalos e/ou revoluções, a minha verdade é minha, a sua pode não me interessar e o mundo é de todos nós, vamos falar menos.

"Everybody lies, it's a basic truth of the human condition that everybody lies. The only variable is about what" .