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terça-feira, 16 de outubro de 2012

é o grito


É grave o nosso estado de greves de fome de gente que pensa. É grave a FIFA querendo invadir a dispensa e jogar fora o prato da casa, sentar na mesa, por os dois pés no sofá, é grave tanto jingle eleitoral, tanto panfleto entupindo a boca de lobo que não se cala mais que muito cidadão, que entope e cospe essa sujeira que parece correr nas nossas veias. Tão grave é ninguém se importar, com nada e com que quase ninguém, amar a tudo que não prospera, tudo que passa e não deixa mais que marca pueril, o consumismo desalenta, a esperança não satisfaz mais, é tanta vírgula violentando as reticências que nunca darão um fim na gravidade dos fatos que se escondem nessas palavras malcriadas. É grave tantas greves e não são por acaso, aliás, nada é por acaso, e não é por desamor ao homem que vejo com descaso a matéria da Folha velando o nababo carbonizado na milionária lamborghini incendiada no estreitamento funesto da estrada, sorte é de quem não estava lá, no malsinado fato pra ver seu brio ceifado pelas mãos d'outro Thor Batista, e virar estatística pra nossa gente ver e esquecer. Tenho medo do que é grave é ninguém liga, principalmente dessa chacina intelectual assistida do primeiro ao terceiro P(h)oder que festeja o coma do povo





Por Marcos Araújo