tag:blogger.com,1999:blog-5962860492888492202024-03-13T20:24:35.075-07:00Teto de OratesM. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.comBlogger120125tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-34302470538859212262013-06-21T14:08:00.001-07:002013-06-21T14:18:49.272-07:00Não mexe comigo. Eu não ando só. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3GGOhzkkleQ/UcTAR1BiK6I/AAAAAAAAAps/NhKQudaTb6s/s1600/g_1334271.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="http://3.bp.blogspot.com/-3GGOhzkkleQ/UcTAR1BiK6I/AAAAAAAAAps/NhKQudaTb6s/s400/g_1334271.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> sol raiou sobre a terceira
maior cidade do país, Salvador, e seu povo sabe que agora poderia
simbolicamente rasgar em pedaços miúdos a <i>Constituição do Brasil.</i> Ao povo
soteropolitano, ontem, dia 20 de junho de 2013, que não sairá da memória
daquele que saiu às ruas em paz, mas que teve que largar seus cartazes de papel
para engolir as balas de borracha da Polícia, foi negado sumariamente o direito
à livre manifestação. Erro meu, crasso talvez, pensar que só hoje a
Constituição poderia ser rasgada – <i>quanta bobagem.</i> A favela já convive há muito
com a carta de boas intenções anunciadas pelos direitos fundamentais do homem.
Vi ainda frases nas redes sociais apontando que o massacre no Dique, na Avenida
Sete, Joana Angélica, Campo Grande, e Ondina, representam a ação policial que
saiu da periferia para deixar aquele abraço do Estado pra crianças, adolescentes,
adultos e idosos de diversos estratos sociais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando os primeiros protestos
despontaram em São Paulo, inicialmente pelo reajuste da tarifa do ônibus, questionava
sempre em que passo e como as coisas saíam do controle, como a barbárie se
iniciava e tudo ruía. O que meus olhos
não alcançaram nas ruas de São Paulo ou pela TV e suas coberturas duvidosas,
meu coração soube captar bem. Uma manifestação plural e pacífica que saiu do Campo
Grande com o sol a pino sob nós, seguiu em marcha firme numa missão de resgate
e conquista de direitos. Uma ideia na cabeça, no peito o típico ufanismo exaltado
em tempos de copa vertido na direção da ordem e do progresso, lá ninguém desembraiou
espadas em riste. Carregamos sim gritos barulhentos em nossas mãos na
perenidade silente dos cartazes. A <i>mão do Estado</i>, que nunca está vazia, puxou o
gatilho, e bateu palma para nós, pra cada uma delas uma bomba sobre nossas
cabeças.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gWSGuHehdkE" width="420"></iframe><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Senti na pele o terror daqueles
que estão no <b>Poder</b>. Manter o status quo é o objetivo, e pra isso é preciso que
se faça silêncio. O povo não pode ir às ruas e dizer que se cansou. Falaram que
o país está vomitando. É verdade. A ação policial, ao contrário da informação
propalada em diversos veículos da imprensa, não se verteu para proteção de
pessoas e do patrimônio público, pelo contrário, ontem o medo da polícia era
maior que o do ladrão, digo, o ladrão que toma seu celular e seu relógio, não o
patrão do policial que te alvejou - contra esse gritamos. Na região dos Barris,
a polícia arquitetou uma emboscada para os manifestantes, permitindo a passagem
por determinado perímetro para posteriormente atingi-los com os artefatos
disponíveis. Em uma palavra: covardia <i>(cabe numa palavra só?).</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Houve dispersão, correria, confronto,
um sentimento de impotência que vinha se permeando de raiva, potencializando o
pior dos instintos humanos, e vi algumas cenas se repetirem. Vi a liberdade do
povo espezinhada pelos interesses da <i>FIFA</i> diante de tremenda violência, vi
também no centro de Salvador o que outrora acompanhei de casa nas fotografias e
relatos dos protestos no Sudeste do país. A desconformidade perante a falta de proporcionalidade
e razão da ação policial conduziu a massa, irascível que é, ao confronto
direto, à destruição, e mesmo que nada se justifique ou se anule
reciprocamente, é isso que acontece quando se tenta calar a voz e o ideal de um povo empunhando armas. <i>Não
incluo nesse rol a súcia de malfeitores e sevandijas à margem do movimento que
saíram tão somente para roubar, destruir e conspurcar a passeata.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-L9zk4-5zVP0/UcTAjTVsJqI/AAAAAAAAAp0/384d3jVeCr8/s1600/g_1334192.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-L9zk4-5zVP0/UcTAjTVsJqI/AAAAAAAAAp0/384d3jVeCr8/s320/g_1334192.jpg" width="320" /></a>Ao caminhar com parte dos
manifestantes para a Ondina, de algum modo foi acalentador assistir pessoas em
suas casas piscando as luzes dos seus apartamentos denotando apoio ao movimento,
mesmo que não tenham ido às ruas, do mesmo modo, foi bonito ver a manifestação
seguir e crescer ao longo do caminho, ganhando novos asseclas, sem vandalismo
ou violência <i>(<b>sem a presença em massa da polícia até a Avenida Oceânica)</b>.</i> No
entanto, durante esse percurso também acompanhei a expressão, o desconforto e a
represália de civis que nos hostilizavam como se estivessem alheios a nossa causa
e não vivessem no mesmo país que poderia ter financiado as últimas três Copas
do Mundo com o valor gasto para realizar a nossa. Pessoas que aparentemente não
encaravam a violência urbana tal e qual como é e como eu encaro, ou que
desconhecessem a situação do nosso <i>transmorte</i> público, hospitais, escolas etc.<o:p></o:p><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No desfecho desta caminhada
pacífica, por volta das 22 hrs, quando havia uma concentração considerável de
pessoas entre a Avenida Oceânica e a Ademar de Barros na Ondina, ocorre o que
costumamos denominar de gota d’agua quando o
limite do absurdo se apresenta inominável. Policiais da Tropa de Choque
avançaram sobre manifestantes desarrazoadamente com toda truculência e ódio com
muita rapidez, houve inclusive uma bomba da polícia dentro de um ônibus,
causando pânico nos passageiros. O recado foi dado:<i> Vocês podem bater sem
machucar, não saiam às ruas, manifestação só nas redes sociais, mas se
saírem... lembrem disso</i>. Lembraremos, e ainda há fé que essa recordação
reforçará a força que só contempla a <b>união</b> dos cidadãos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-edTk2vhb9gk/UcTAskA2GiI/AAAAAAAAAp8/t83xQzFHuyk/s1600/g_1334190.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://4.bp.blogspot.com/-edTk2vhb9gk/UcTAskA2GiI/AAAAAAAAAp8/t83xQzFHuyk/s400/g_1334190.jpg" width="400" /></a></div>
A polícia continuará a
salvaguardar interesses que não lhe comunicam, nem a mim. A FIFA, o Estado, empreiteiros
e todos os outros que auferiram vantagens ou lucros da Copa estão numa ciranda
solitária ao redor do povo brasileiro, jogando uma tinta nova sobre velhas estruturas
de poder para que apeteçam o olhar dos incautos, escondendo mazelas, oprimindo
a voz de quem não quer calar. Não quer e não vai. Somos maiores que eles, o
rastro de pólvora espalhado em nosso território tende a acabar com a
brincadeira antes da hora. Sejamos fortes e obstinados para dar uma resposta a
tanta barbárie. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dia após as manifestações não há outro assunto nas redes sociais: Depoimentos, fotos, reportagens, vídeos.
Alguns se destacam mais. Há aqueles que não foram às ruas, mas ficaram ansiosos
para acompanhar o noticiário, concluindo posteriormente que <i>“a polícia estava cumprindo
ordens e fazendo o trabalho deles ”</i>(sic), outros ainda pensam que <i>“não há
motivos para o povo ir às ruas”</i>(sic), acompanhei também o comentário de um
amigo fazendo referência ao tempo do PFL, afirmando que não há como comparar a
repressão atual (no governo esquerdista do PT representado por Jaques Wagner)
com a repressão daquele tempo. Foi então que me recordei de uma aula de
história na oitava série sobre o Brasil Império: <i>“Nada mais conservador que um
liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição”</i>. São faces
da mesma moeda com seus pequenos matizes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Não permita que calem sua voz. </b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por Marcos Araújo</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-39701505089708588872013-05-05T19:52:00.002-07:002013-05-05T19:52:24.308-07:00hemisférios do zodíaco<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><i><b>D</b></i></span>os planos serei comandante<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
nas águas salobras do equívoco<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
desmedindo um mito, refazendo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
refletindo consciência de menino.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gnrl56gRn0U/UYcaui4-8wI/AAAAAAAAAo8/d7bLR3e35PM/s1600/376740_373461802750090_956616519_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-gnrl56gRn0U/UYcaui4-8wI/AAAAAAAAAo8/d7bLR3e35PM/s320/376740_373461802750090_956616519_n.jpg" width="282" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Caminho, eu, equidistante<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
deitado ao céu e ao sol dos amantes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
que fervilha em negra pele rubra<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
em rubra pele, amante e negra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Destelha meu Ser e Razão<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e escoa-me num mar desconhecido<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
que, decerto, outrora naveguei<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
com a azáfama dos desinibidos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Trago a sorte de quem já amou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
vivo, e experimento o risco<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
vivo e conheço dos signos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
vivo aprendi - amor
só morre de câncer.<o:p></o:p></div>
<br />
<i><span style="font-size: x-small;">Por Marcos Araújo</span></i><br />
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-89215395097092940092013-03-30T17:57:00.002-07:002013-03-30T18:05:00.808-07:00palavra: freios e contrapesos <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-hzr75jeBUhs/UVeIduISeHI/AAAAAAAAAn4/t21ipv-drxY/s1600/00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-hzr75jeBUhs/UVeIduISeHI/AAAAAAAAAn4/t21ipv-drxY/s640/00.jpg" width="385" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b>D</b></span>entre os Crimes Contra a Honra, Capítulo V do Código Penal Brasileiro, figura no artigo 138 a figura típica da Calúnia,<i> in verbis</i>: <i>“caluniar alguém imputando-lhe falsamente fato definido como crime”</i>. A proteção do bem jurídico é tamanha que o dispositivo atinge aquele que conhecendo a lesão à honra de outrem se investe no papel de divulgar a informação danosa, até a honra dos entes queridos é preservada pela abrangência do tipo. O discurso de que <i>“quem tem boca fala o que quer”</i> já não é mais novidade, e muitos falastrões menos incautos ainda invocam direito constitucional da liberdade de expressão pra embasar o falatório, alguns guarnecidos de razão, outros nem tanto, muito pelo contrário, para alimentar discursos raivosos, de ódio, como aqueles que trilharam os caminhos de Cristo até a cruz, e os que estamparam na história a marca do Holocausto. A palavra, por vezes, tem potencial lesivo que sobrepuja a lâmina da faca ou agilidade da bala, com os signos da palavra se faz a informação que encontra nos dias atuais seus mais diversos veículos, perspectivas, amplitude, falar o que quer nem sempre o é, mas não perde a possibilidade de se configurar como crime – digo isso para que se compreenda o peso que acompanha a expressão. Freud é muito feliz numa de suas passagens que sintetiza bem a ideia que reside em mim: <i>"O homem é dono do que cala e escravo do que fala."</i></div>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Torna-se
escravo do que fala aquele que não compreende o limite de sua liberdade, pois
que se ilimitada fosse, os arbítrios de uns e outros nesse mundo anular-se-iam
reciprocamente, mais que isso, a própria figura do Estado seria ameaçada diante
da periculosidade do exercício insubordinado e desmedido da liberdade. Por
essas e tantas outras é que vejo com estranheza a declaração de Joelma,
vocalista da Banda Calypso, quanto à
homossexualidade em geral. É fato que ninguém poderá extirpar de qualquer
pessoa convicções particulares, filosóficas, políticas, religiosas, seja elas
de qual origem for, portanto é compreensível que a figura pública
<i>(inevitavelmente formadora de opinião)</i>, pugne por preceitos bíblicos que
incorrem na condenação sumária da homossexualidade, inclusive
compreendo/apoio/defendo o seu direito
de não enxergar com bons olhos o casamento gay, a divertida música já diz: <i>“cada um no seu
quadrado”</i>. O que de fato reclamou minha atenção foi a infeliz comparação da
possibilidade de conversão do homossexual ao status legítimo/saudável de hétero
com aquele que vive entre às drogas; e, é sabido que as drogas se tornaram
verdadeiro câncer da nossa sociedade. A fala é reveladora de uma tendência eminentemente<i>
heteronormativa</i> e agressiva. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No perfil do twitter da banda a vocalista ainda complementa: <i>“Falo em recuperação porq conheço pessoas q saíram dessa. Foi muito difícil mas, Deus pode absolutamente tudo”</i>. Não há de se questionar o mérito da banda, dos fãs ou da música, enquanto, em verdade, o que se fez foi comparar um homossexual, espezinhado que já é pela estupidez alheia, com o sujeito que pelas mais variadas razões ulula pelas ruas debaixo do sol e da lua, rouba seu relógio, no transe fornecido pelas pedras de crack; compara o gay com aquele filho, irmão, conhecido que perdeu a identidade e desde então vende os móveis da casa para custear o vício da heroína; compara inclusive muitas pessoas com essa marca toda especial que só a homossexualidade oferece com o pai que destrói sua família afogando-a em diversas garrafas de pinga. Se ser homossexual ou dependente químico é uma questão de<i> “ser”</i> ou <i>“estar”</i>, reservo-me na mesma estranheza com a qual pensei esse discurso pela infelicidade do desequilíbrio dessas palavras; que enraivaram alguns, encetaram o riso de outros, que armaram admiradores da banda até os dentes com o melhor estilo “fé cega, faca amolada”. Em mim, não criou novel sentimento. Não se trata da primeira ou da última pessoa a vociferar tal comparação, mas em tempo de <i>Feliciânus, Boçalnaros, e MALafaias</i>, concluo que a oportunidade de ficar calado sabe presentar a liberdade de dizer o que se pensa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Se o <i>Deus</i> de Joelma pode absolutamente tudo, acenderei hoje tantas quantas velas forem necessárias para iluminar os caminhos do Ser Humano e minar o seu coração e suas palavras de Amor. É preciso uma dosagem extra de coragem para expor a face na iminência do tapa, muito mais coragem e esforço para se tornar pessoa melhor do que era antes de receber um desses bem violentos, daqueles que deixam a marca da vergonha no rosto e na alma. É num ínterim solitário que eventualmente me separa do tempo e do espaço que exprimo a sincera crença numas das leis que embasam a natureza das coisas, se é fato que nada se perde e nada se cria, que se transformem e deformem a realidade feia que circunda, meus olhos já estão machucados por demais.</span></div>
<br />
<br />
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Times New Roman', serif; text-align: justify;"><i><span style="font-size: x-small;"><b><u>Por Marcos Araujo</u></b></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-16196048765360421832013-03-13T15:02:00.003-07:002013-03-13T15:02:51.376-07:00verborrrrrrrágico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-3XtWS_zelPU/UUD2yY0jfOI/AAAAAAAAAno/Q4euoB3NLsc/s1600/16173_356023384493793_41052630_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-3XtWS_zelPU/UUD2yY0jfOI/AAAAAAAAAno/Q4euoB3NLsc/s400/16173_356023384493793_41052630_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-large;"><b>T</b></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">ô azul, tô retado, tô
azedo, mas não tô com medo não. Eu tô pra não Ser e nem perpetuar, eu tô pra
Estar não pro mais do mesmo. É que vivo sem receios, e minto. Acabei de mentir.
Quanto medo tenho de Ser a<i> “opinião formada sobre tudo”...</i>só eu sei. Tô com
raiva, e a palavra trava no dedo, parece até pesadelo, mas desde guri aparento valente.
Tô triste também,<i> Caê</i>; que nem você nascido nesse mundo, ávido pra dizer tudo,
ávido pra sentir tudo, ser tudo sem Ser, viver e cantar, – <i>talvez</i>. Tô é com
raiva desse banho que me enxagua a cara amarrada e não se põe a lavar minha
alma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18px;"><i>Por Marcos Araújo</i></span></span></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-14928025416845360882013-03-03T11:53:00.001-08:002013-03-03T11:56:38.273-08:00resiliência <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-RxqwEfRdxwE/UTOps9WNjQI/AAAAAAAAAnY/LUSbj8Tse6A/s1600/tumblr_m5scwtWMMl1qz4d4bo1_500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="76" src="http://4.bp.blogspot.com/-RxqwEfRdxwE/UTOps9WNjQI/AAAAAAAAAnY/LUSbj8Tse6A/s320/tumblr_m5scwtWMMl1qz4d4bo1_500.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-large;"><b>O </b></span>escroque e o chorume da Terra se deitam nas águas de março deste lugar que era meu, e novos rumos se espreitam neste mesmo plano, meu corpo e minha ilusão etérea fazem festa, pois no silêncio entre o <i>equívoco </i>e a <i>satisfação</i> mora ela, minha felicidade de menino que não se pode perder.</span></span><br />
<i style="color: #333333; line-height: 18px; text-align: right;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<i style="line-height: 18px; text-align: right;"><span style="color: white; font-size: x-small;"> Por Marcos Araújo</span></i></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-54009818220336593242013-02-20T15:39:00.001-08:002013-02-20T15:42:07.409-08:00vistes?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-dOS7Mb6k7Xk/USVfHR0aVwI/AAAAAAAAAnE/JiZlBe94gws/s1600/536767_450060911708618_955806213_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="103" src="http://1.bp.blogspot.com/-dOS7Mb6k7Xk/USVfHR0aVwI/AAAAAAAAAnE/JiZlBe94gws/s400/536767_450060911708618_955806213_n.jpg" width="400" /></a><span style="font-size: x-large;"><b>N</b></span>ão vê a menina suja pedindo
trocado no sinal, não vê a mosca solta sobre a ferida alheia, não vê o que
despenteia, nem o que mata, que dirá o que estraga a família inteira, não vê o
morto de fome, nem o morto-sem-nome, se esbarra e não pede desculpa, não vê boa
conduta, nem ama de igual pra igual, vê teu sexo e com quem se deita, qual laço
se enfraquece, mas quem adoece só é visto no Final. Não vê o que nos cala e
incendeia, ignora quando a brisa é farta e a clareira dos céus sobre o mundo.
Não vê Maria ou João sem sobrenome, nem a truculenta solidão que consome, não
vê nada além do olho roto que mira a TV feito esgoto afogando e afagando, e informa quão raro é quem olha, quão
escasso quem enxerga. Não vê coisa séria se tudo é estupidez, ignora sensatez,
e zomba do policial parado na esquina esperando a morte chegar feito bailarina
girando com sua sorte. Não vê quem mata sem faca, e escolhe não perceber pequenas chacinas contidas no
nababo escroto/deputado federal apontando sua arma de lá do Congresso. Candelárias, Realengos, Pinheirinhos: Não vê.
Quem viu? <i>Não aguento.</i> <o:p></o:p></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-43688879958372496042013-02-13T17:19:00.001-08:002013-02-13T17:26:41.212-08:00A festa de Momo tem cor?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-9XcvaXIkQts/URw7YEAc_DI/AAAAAAAAAmo/WvnKTKigYEg/s1600/217943_379923068770630_101708726_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-9XcvaXIkQts/URw7YEAc_DI/AAAAAAAAAmo/WvnKTKigYEg/s400/217943_379923068770630_101708726_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b>N</b></span>o primeiro dia de carnaval ouvi
algo que me chamou atenção, se trata daquelas coisas que a gente escuta
aleatoriamente e não sai de forma alguma da nossa cabeça. Pois bem. Detesto
discursos tendentes a generalizar a homofobia, o racismo, a xenofobia, pois que
me parece moda encalacrar todos os males do mundo nessas legendas, mas ouvi com
estranheza na quinta feira passada uma jovem branca de classe média alta dizer
que o mentor de “<i>Gangnan Style”</i> só
estava chamando tanta atenção pelas ruas soteropolitanas por conta da
aparência, mas o Presidente dos Estados Unidos, sua mulher e filhos, poderiam
vir tranquilamente e ficar no meio do povo, todos pensariam que a família Obama
estaria camuflada vendendo cerveja no isopor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não compreendi, ser preto é
pré-requisito pra vender cerveja na rua? Curioso foi vivenciar por três vezes
em ocasiões distintas durante a folia a confusão que transeuntes faziam ao me
confundir com um vendedor de cerveja, naturalmente, essas pessoas lançavam um
olhar apressado, pediam as populares 3“periguetes” por cinco reais (pequenas
latas de cerveja), estendiam o dinheiro, e como a situação seguia com o meu
silêncio, se fazia o constrangimento no ar, portanto saíam em silêncio e
fingiam que aquilo não havia acontecido. Ao relatar o acontecimento numa das
minhas redes sociais um amigo fez o seguinte comentário: <i>“Sou o preto que supervisiona uma equipe de 18 pessoas num hospital de
grande porte, mas quando vou à padaria, sou atendente, numa loja, sou
atendente, nunca no caixa, jamais cliente”</i>. Não preciso da luz de um gênio
pra notar que é assim comigo também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Duvido que haja quem creia que
quem passa todo o carnaval dormindo nas calçadas dos Circuitos Dodô e Osmar esteja
feliz (não raro famílias inteiras), onde a gente pisa, pula, e cospe, por onde
o povo urina; lá muita gente vê o trio elétrico passar enquanto vende cerveja,
cachorro quente, espetinho de churrasco etc. Ainda assim, não derramo uma gota
da dignidade desse labor, e creio mesmo que apesar da miséria, se trata de
dinheiro honesto, certo que a assertiva já é clichê – <i>diga-se de passagem, um dos melhores</i> – se é vergonhoso vender
cerveja na rua, o que diremos de quem sai de casa disposto a enfiar uma faca na
sua cintura e levar seu dinheiro, seu celular e/ou sua vida? Não sei se meu
medo de entrar numa grande neurose com questões de raça, gênero, regionalismos,
pode ser maior do que as dúvidas que vieram à tona: um preto perto de um isopor
na festa momesca só pode ser vendedor? E no camarote, é o garçom ou o
segurança? Em cima de um trio, o que eu seria? A coincidência bateu na minha
porta três vezes ou se trata de um gérmen asqueroso guardado na consciência coletiva
da nossa sociedade? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gostaria humildemente de
responder essas questões com equilíbrio necessário para pensá-las sem quaisquer
vícios, com mais delicadeza e neutralidade, se possível for. Entretanto, só há
uma dúvida que não me comunica, pois que nem poderia me pertencer: já me sinto
da família Obama. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Por Marcos Araújo</i></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-19501124674711044372013-02-10T05:55:00.000-08:002013-02-10T05:55:30.630-08:0002/13<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-bYKUIIbn9p8/URemmAbxvFI/AAAAAAAAAmY/COlyH19SZs8/s1600/282749_607409782619334_1931826309_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="284" src="http://1.bp.blogspot.com/-bYKUIIbn9p8/URemmAbxvFI/AAAAAAAAAmY/COlyH19SZs8/s320/282749_607409782619334_1931826309_n.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-large;"><b>N</b></span>ão houve outro tempo pra mim que aproximou tanto a tênue
linha que existe entre os sentimentos, todos eles, dos que se reprimem no
coração aos que perpassam os lábios, as mãos, os braços que se cruzam; e, ainda
que se trate de covardia, que boa era aquela época que acreditava na promessa
do desenho animado me informando que se existe bem e mal nesse mundo, coexistem
em universos distintos, cada qual com suas peculiaridades. Não era verdade, descobri
que esse maniqueísmo inventado só nos inspira a sofrer menos, enxergar
as desgraças da vida com menos tristeza. Apesar disso tudo, e de nem me
considerar homem feito ainda, não sou uma pessoa má, nem como se diria nesse
mundo nem o seria num desenho. Falível que sou, passível de erro, de cair
doente, de chorar vendo filme, de me distrair ouvindo música boa, de amar, de
amor, não sou uma pessoa má. <i>Sou gente de verdade</i>. <o:p></o:p></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-1953931515269004872012-11-08T15:25:00.000-08:002012-11-08T15:29:58.031-08:00videogames<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-efUWMDqVrOo/UJw_KDj1xUI/AAAAAAAAAmA/H7y-KupAMDk/s1600/modedas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="148" src="http://2.bp.blogspot.com/-efUWMDqVrOo/UJw_KDj1xUI/AAAAAAAAAmA/H7y-KupAMDk/s320/modedas.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<i><span style="font-size: x-large;">A</span></i>visa pra Mário que o enganaram por toda vida, mas é melhor
não contar dos irmãos mais sofisticados que vão aparecendo a cada nova versão
do game, pode magoar. É que não se trata mais de salvar uma princesa
trancafiada à própria sorte num castelo, não se trata de matar o dragão e ser
herói, se puder, avisa pra o Luigi também. Essas finalidades não convencem
mais, ao menos desde que abandonei a tenra idade, Mário não pode ser herói se
não juntar a maior quantidade de <i><span style="color: #f1c232;">moedinhas douradas</span></i>, dane-se a princesa, o castelo,
e o dragão, que se multipliquem e destruam em fogo o jogo. Se Mário não juntar,
não conseguir, ou até mesmo se perpassar os portões do castelo e a princesa
salvar, sua história só vai parecer valiosa diante do olhar desnudo do infantil
jogador, que ainda não faz vida negócio, barganha, competição. Essa é a grande obrigação:
junte as moedas de ouro ou caia fora do jogo.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Por Marcos Aráujo</i></div>
</div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-18826400648553959002012-10-16T17:56:00.002-07:002012-10-16T17:58:59.201-07:00é o grito <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3szowLkvhWY/UH4B6wp_ndI/AAAAAAAAAlo/EJ8I8DvUR5Y/s1600/403235_336461806450090_1831443685_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-3szowLkvhWY/UH4B6wp_ndI/AAAAAAAAAlo/EJ8I8DvUR5Y/s320/403235_336461806450090_1831443685_n.jpg" width="225" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-large;"><b>É</b></span> grave o nosso estado de greves de fome de gente que pensa. É grave a FIFA querendo invadir a dispensa e jogar fora o prato da casa, sentar na mesa, por os dois pés no sofá, é grave tanto jingle eleitoral, tanto panfleto entupindo a boca de lobo que não se cala mais que muito cidadão, que entope e cospe essa sujeira que parece correr nas nossas veias. Tão grave é ninguém se importar, com nada e com que quase ninguém, amar a tudo que não prospera, tudo que passa e não deixa mais que marca pueril, o consumismo desalenta, a esperança não satisfaz mais, é tanta vírgula violentando as reticências que nunca darão um fim na gravidade dos fatos que se escondem nessas palavras malcriadas. É grave tantas greves e não são por acaso, aliás, nada é por acaso, e não é por desamor ao homem que vejo com descaso a matéria da Folha velando o nababo carbonizado na milionária lamborghini incendiada no estreitamento funesto da estrada, sorte é de quem não estava lá, no malsinado fato pra ver seu brio ceifado pelas mãos d'outro Thor Batista, e virar estatística pra nossa gente ver e esquecer. Tenho medo do que é grave é ninguém liga, principalmente dessa chacina intelectual assistida do primeiro ao terceiro P(h)oder que festeja o coma do povo</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 20px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<span style="color: #333333; font-size: x-small;"><span style="line-height: 20px;"><i><b>Por Marcos Araújo</b></i></span></span>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-11249233208468262592012-09-20T21:08:00.003-07:002012-09-20T21:08:41.015-07:00casarão<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Yei_GWNVQJU/UFvoKrHLxNI/AAAAAAAAAlQ/6TTU5B3_Hj8/s1600/tumblr_m9y8371Tuw1rwft1ao1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-Yei_GWNVQJU/UFvoKrHLxNI/AAAAAAAAAlQ/6TTU5B3_Hj8/s320/tumblr_m9y8371Tuw1rwft1ao1_500.jpg" width="236" /></a><span style="font-size: x-large;"><b>D</b></span>e madrugada não é hora de
arrumar a casa, nem de lavar a roupa suja acumulada, é tempo de silêncio no
qual o corpo sente a euforia dessa angústia de querer fazer tudo numa só hora. Abro
as janelas, ligo a TV, leio escritos doutra vida em que chorava à toa, sem
saber por que chorava. A vida era boa e olvidei, agora vivo omisso com a luz
apagada e não enxergo a balbúrdia da casa que grita, ulula, e pede com fala
mansa pra reconstruir-se sobre si. Desarrumada que está, ora, pois, pouco me
agrada. Tomba a estrutura deixa ruir
essa essas paredes que sequer me comunicam o lar, deixa que baguncem, deixa
bagunçar e ruir até o final, até tombar, não vou me levantar com a intenção de
fugir, vou ficar aqui sem arrumar a casa. Eis que desaba o teto que acalentou, se
esvaiu o chão que sustentava, e nada restou da bagunça, tampouco dos
esconderijos da casa, nada resta além da lágrima falada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Por Marcos Araújo</i></span></div>
M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-34993554610446435702012-08-31T19:14:00.002-07:002012-08-31T19:18:15.908-07:00para não perder o pensamento<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 18px;"><span style="font-size: x-large;"><b><br /></b></span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 18px;"><span style="font-size: x-large;"><b><br /></b></span></span>
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-5J73UHHVxXs/UEFvOlz95PI/AAAAAAAAAk4/svzN3SwUMsw/s1600/285786_430944666939134_750497646_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-5J73UHHVxXs/UEFvOlz95PI/AAAAAAAAAk4/svzN3SwUMsw/s320/285786_430944666939134_750497646_n.jpg" width="105" /></a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 18px;"><span style="font-size: x-large;"><b></b></span></span><br />
<span style="font-size: x-large; text-align: justify;">C</span><span style="text-align: justify;">om certa tirania da minha
percepção não posso deixar de reconhecer que o sistema operacional do
smartphone que uso é mais dinâmico do que muitas pessoas que se situam no tempo
e no espaço repetindo mandamentos tenros, executando tarefas
descontextualizadas do todo sem saber pensar em si como parte integrante de um
sistema que é contínuo pela existência e hierárquico pela própria natureza.
Repetir certos comportamentos me inquieta até mesmo quando medram de um fato
cultural, isso sempre traz uma dose de temerosidade. Se o mundo é
heteronormativo, se as relações se espraiam no elitismo, se é obrigação fazer o
sinal da cruz e pedir misericórdia à Santa Trindade toda vez que passar na
frente da igreja, eis meu prognóstico, e meu autismo voluntário.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<br />
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Por Marcos Araújo</span></span>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-68910596475926581282012-08-12T19:08:00.001-07:002012-08-12T19:09:15.405-07:00res publica<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-a6Dg23s03cU/UChhsJn6OWI/AAAAAAAAAkk/Bn9onor_s18/s1600/405047_335311139813740_100000045693232_1339257_2056446774_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-a6Dg23s03cU/UChhsJn6OWI/AAAAAAAAAkk/Bn9onor_s18/s1600/405047_335311139813740_100000045693232_1339257_2056446774_n.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao caminhar pelas ruas e ouvir os
inúmeros jingles eleitorais, os panfletos espalhados enxovalhando a Av. Manoel
Dias, os diversos comitês espalhados pela cidade, e já perceber o item negocial
típico das eleições que vincula o mau eleitor ao gestor pernicioso, é que
afasto as últimas dúvidas quanto ao crescente interesse das pessoas em se
ocuparem das atribuições de vereadores, prefeitos, disputando a <i>res pública</i>, ou seja, a coisa pública,
como leões famintos disputariam um pedaço de picanha, melhor, como a população soteropolitana
disputa diariamente um cantinho onde possa se equilibrar no transporte coletivo
que promete perpetuar seu desserviço para a cidade por mais cinquenta anos se
depender das articulações sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Decerto que a participação do
povo nas eleições fomenta a natureza democrática do nosso Estado, que ainda nós
compele a sair às ruas nos dias de eleição, é de se questionar o preparo que a
maioria desses cidadãos possuem para lidar com o patrimônio público, exercer a
função pública em nosso nome, e, portanto nos servir, debruçando-se sobre parte
da autonomia e do poder político conferido a eles através de nosso voto e sob a
proteção da Constituição Federal, a Lei Maior. Poucos candidatos elegíveis não
indicariam preparo ou qualidade, todavia, a multidão destes que se asseveram pode
revelar que a satisfação particular de estar investido em relevante posição
política, social e econômica esta à frente do interesse público, até mesmo
neutralizando a real preocupação em gerir cada vez melhor um contingente urbano
maltratado, mitigado e desiludido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A criação de uma lei, por
exemplo, envolve articulação política de pessoas que elegemos para editá-las.
Podemos considera-las como fruto de um contrato do corpo social para com o
Estado, e essa é uma concepção moderna, ou imaginar como preleciona Duguit, que
as leis não são senão o reflexo da vontade do legislador dotado de poder para comunicar-lhe
uma função. É o bem comum que precisa ser fomentado, a sociedade precisa da
proteção do Estado que vai da segurança jurídica a segurança pública. O fronteiriço
terreno da resiliência já foi ultrapassado e já não há mais espaço para tanta
verba pública na cueca, para a criação de projetos de lei que jamais poderiam
ser consolidados tão somente para captar votos e mais votos de uma população
aculturada e espezinhada do alto de sua inação. Se política e negócio fossem a
mesma coisa a gramática informaria a ambas ao menos a condição de sinônimos. <o:p></o:p><br />
<br />
Por Marcos Araújo</div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-82948482335640650042012-07-17T18:55:00.001-07:002012-07-17T18:57:03.905-07:00verborragia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_aUD6GtB3W4/UAYXdJUpoLI/AAAAAAAAAkU/CLCZ_WKnZYQ/s1600/palavras.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="313" src="http://1.bp.blogspot.com/-_aUD6GtB3W4/UAYXdJUpoLI/AAAAAAAAAkU/CLCZ_WKnZYQ/s320/palavras.jpeg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #cccccc; font-family: inherit; line-height: 17px; text-align: left;">Há uma faca apontada na minha cara, mas é a frase que corta primeiro, pega mal, contudo há de fato uma faca afiada, apontada, ainda que a frase não seja eufônica, ela anuncia o final, digo - não se afasta -, mas me refiro à faca que me aponta feito dedo indicador, punhal. Um punhado de raiva encetando o cometa que rasga as horas, todo minuto se torna ano ante essa má sorte de viver com a maldita na cara, às claras, apontada, pronta pra sangrar mais uma palavra desacertada que também vai ferir, e arrancar do peito um coração com espada, sem lâmina e sem fim, essa é a palavra que agrega a construção ao dom de destruir. Aponta, e faz sangrar, pior que faca amolada.</span>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-45668819699394874042012-06-25T23:51:00.000-07:002012-06-25T23:54:19.492-07:00IN<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-VhTZHt1t7Ik/T-lbCRXIM1I/AAAAAAAAAkI/E5OszH7A6DE/s1600/292188_313879442030036_1566297900_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-VhTZHt1t7Ik/T-lbCRXIM1I/AAAAAAAAAkI/E5OszH7A6DE/s200/292188_313879442030036_1566297900_n.jpg" width="131" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: x-large;">É</span></i> neste interím incauto que me
assombro sempre, na madrugada não há luz que me ilumine, nem passos que
libertem minha trilha, tudo se transforma em via crucis, e o fardo é sempre
pesado demais sob a cabeça que também é <strike>mundo</strike>, é fundo de caixa rasgada espezinhando
minhas emoções e atirando-as num breu, relento. Lamento que nem todos os
tormentos possam sair e vagar alhures, não há tempo aqui, nem em mim, para
digerir essa cólera habitual, essa avidez caústica que comunica tudo o que não
foi em minha vida, mas se fez pra você em carne, osso e coração. Sobra aqui a
saudade que invade essa nefasta hora de não ter vivido o tempo em seu tempo <strike><i>(meu melhor conselho)</i></strike>; e
a angústia travestida de tudo quanto puder conceber, dizendo saber que o ajuste
dos ponteiros não foi mais que mera conveniência. Não foi necessidade, não é
questão de aparência, tudo resvala no fato de ter cansado dos <i>“nãos”</i>, e embora
<i>não</i> tenha sido vencido, é no manto estrelado que afaga e penteia a madrugada que habito sem
dormir, sem viver, e frequentemente sem me visitar. </div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-51995228479863070002012-06-17T18:13:00.000-07:002012-06-17T18:13:25.585-07:00oração epistolar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-b9tBpbSBwkY/T95-3zhoygI/AAAAAAAAAj4/4J1NGQ4P9iw/s1600/401581_423252564353637_474951519_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-b9tBpbSBwkY/T95-3zhoygI/AAAAAAAAAj4/4J1NGQ4P9iw/s320/401581_423252564353637_474951519_n.jpg" width="227" /></a></div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><span class="hasCaption"><span style="font-size: x-large;">T</span>u que não respeita nada, nem a pele negra que
te guarda: respeita as ayabás, os orixás, a Senhora-Mãe Menininha do
Gantois, respeita os caboclos que se espreitam neste quilombo, não faz
desfeita do costume que oprimes, respeita meu atabaque e meu terreiro,
não me aceita – <b>RESPEITA</b> –, respeita e só. Nosso São Jorge, nosso sangue
sagrado, meu suor, respeita a baianidade nagô, e todos os padroeiros da
Bahia, respeita que faz bem e ilumina o coração. Não me aceita não, não
é assim que me esmero. Entre a dúvida e o vitupério: <i>Respeita</i>.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><span class="hasCaption">Por Marcos Araújo </span></span></div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-51916812120897981372012-06-17T17:50:00.002-07:002012-06-17T17:50:26.141-07:0006 de maio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-PLJHK8VLtco/T956sA0MloI/AAAAAAAAAjs/frrrRCYc8Fg/s1600/558289_299197520149024_100001763343327_750864_934315675_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<i><b><span style="font-size: x-large;">P</span></b></i>ediram-lhe algo pra vestir, e Ele atendeu o moço. Adornou-lhe com um
manto distinto, bordado com os fios de um universo paralelo, e se fez no
tecido uma força quase coesa, quase bonita, quase reluzente feito
ouro, feito prata, feito imitação. Podia ser tudo, conquanto não
fosse o que de fato lhe faria regozijar, era um manto de monta aos olhos
de quem via, mas em verdade não tinha valor, era demagogia inscrita em
forma e matéria travestida de <strike>Amor</strike>.M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-2160351302024261052012-05-28T17:47:00.003-07:002012-05-28T17:48:05.631-07:00dos desencontros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-NThD03hb5NE/T8Qcdo6f65I/AAAAAAAAAjg/wVktsms8Ovs/s1600/tumblr_l7tyscQoB81qbpwzeo1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="http://2.bp.blogspot.com/-NThD03hb5NE/T8Qcdo6f65I/AAAAAAAAAjg/wVktsms8Ovs/s320/tumblr_l7tyscQoB81qbpwzeo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<i><b><span style="font-size: x-large;">D</span></b></i>outor, é que não tenho trilhos, nem tribo, ando por esse lugar pra
alimentar meu coração, minha arte, para me banhar na líquida fluidez da
vida. Ando a par do tempo e das coisas, vejo tudo, bem atento, nada
passa por mim sem despir primeiro as indumentárias da aparência, do
ardil. Afasto o bom e o injusto, sequestro todos quanto posso abrigar no
avesso do peito. Não tenho dinheiro no bolso, mas ja<span class="text_exposed_show">z
em torno de tudo o que toco a ideia grão, o princípio - é o meu escudo,
guarida erguida para os dias que virão. Veja bem, doutor, tudo em vida é
encontro e despedida feito aquela canção, e quantos aos outros, aos
mesmos, aos “<i>nós</i>”, eternizo a voz doutro amigo: <i>não se deve aliciar o
pranto pra quem já houvera partido</i>.</span></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><b>Por Marcos Araújo </b></span></div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-36940760644731007372012-04-27T07:41:00.001-07:002012-04-27T07:42:08.538-07:00substantivando<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-CN7xerwNc6k/T5qvzRlZchI/AAAAAAAAAjQ/blcbFaz-ens/s1600/393628_299519846748883_100000726102827_960401_2014426666_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-CN7xerwNc6k/T5qvzRlZchI/AAAAAAAAAjQ/blcbFaz-ens/s320/393628_299519846748883_100000726102827_960401_2014426666_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-large;">E</span></b>u vou embora cedo e não voltarei ao ponto de partida, não aprendi a reverter
os ponteiros nem desvendar o fronteiriço terreno da verdade, minha sina
e o meu compromisso é com que ainda não nasceu, com a música ainda
decomposta, com o mundo que não vi porque só existe nessa sombra
vaga que é o Amanhã, assim mesmo, feito <i>substantivo próprio</i>. Não volto e
nem hei de voltar porquanto os passos que se encerram ao meu redor não
me acompanham, a maioria sequer me apetece; portanto tornar-me-ei
espécie distinta por aí, me hostiliza e avilta essa hora vaga que vivo e
não me permite aprender uma infinidade do tudo que ainda não senti.
Transcrevo então o poeta cuja palavra se fez eterna:</div>
<br />
" - Meu tempo é
quando ".<br />
<br />
<i>Por Marcos Araújo </i>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-14540871208155158922012-04-16T19:25:00.000-07:002012-04-16T19:26:36.177-07:00joão sem terra<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-XUyhw8Y_zbk/T4zUHK0ZnkI/AAAAAAAAAjE/e3av0Vgj-zc/s1600/240320121250.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-XUyhw8Y_zbk/T4zUHK0ZnkI/AAAAAAAAAjE/e3av0Vgj-zc/s320/240320121250.jpg" width="240" /></a><b><span style="font-size: x-large;">M</span></b>isógino gentil:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Tu és letra morta</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Informa em mim o que há de pior</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Perde-se na desordem da rima</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Inquina de miudeza a rima torta</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Jaz dos fundos, foge às clareiras</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Perpassa a janela, enquanto entreaberta a porta</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Esvai daqui, ignominioso</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Ruma alhures com teus laços tristes</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Decai enquanto peso, pedra no sapato</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Misantropo, nefasto, rei do que é ruim</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Lobo aspirante a homem travestido de pedra</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Medra noutras fontes e te retiras daqui</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Tão certo que te deixo, quão cedo que partes?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
O que é seu tranco às chaves. <i>Esquecer-me-ei de <strike>abrir</strike>. </i></div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-84157767162133055022012-03-22T16:26:00.003-07:002012-03-22T16:28:15.151-07:00Eike Batida<b>Por Marcos Araújo</b><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-SdSA9ykobEE/T2uz8dqE51I/AAAAAAAAAi8/azyKepG5bxQ/s1600/134025-970x600-1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="246" src="http://2.bp.blogspot.com/-SdSA9ykobEE/T2uz8dqE51I/AAAAAAAAAi8/azyKepG5bxQ/s400/134025-970x600-1.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>"O filho mais velho do empresário Eike Batista com a ex-modelo Luma de Oliveira, Thor, 20, atropelou e matou um ciclista na noite de ontem, no Rio de Janeiro"</b></span></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-large;"><b>P</b></span>rovavelmente blindado, onírico feito, Deus dos asfaltos, prece dos pleitos de pobres farrapos, e tudo o que há pela frente ele esmaga ou ultrapassa, contabiliza na carteira micro pontos do dono, nem vistos, malquistos, despercebidos em legítimo descaso. Calvino brindou o trabalho, Batista enriqueceu, <strike><i>Wanderson</i></strike>, joão-ninguém-meeiro-farrapo, até então fora do estrelato das estatísticas decrépitas das covas, malgrado o assassinato, logo paira esquecido no inquérito e a cifra em campo aberto faz o jogo, despoja a rainha, o bispo e o xadrez, apaga do chão o sangue d’outro pobre a<b>Thor</b>mentado, e refresca em tom manso e malsinado que nada passa de acidente; no entanto, nos dias correntes tudo se projeta à frente da Justiça que opera ao contrário. A<b>Thor</b>pelados que somos, atarantados, perplexos de tanto andar em sentido anti-horário, amando a estética do etéreo e escarnecendo em descrédito o mal encontradiço que habita, nos fita, e transforma todo momento em temerário. Mil pés te afastem do acostamento, das margens que faz o marginal, da Thorpeza que aprodrece o poente a findar mais um dia de trabalho e a felicidade que se espera no final. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Leia mais sobre o caso: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1063633-familia-de-rapaz-atropelado-diz-que-vai-processar-thor-batista.shtml </span></div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-51972332258973841762012-03-01T18:45:00.009-08:002012-03-03T16:02:17.720-08:004ºPODER<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-4bWGpCpjtWA/T1Az00iEbRI/AAAAAAAAAiw/wWOskX3lvkE/s1600/300588_216858691714197_100001702030253_548673_1324138198_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-4bWGpCpjtWA/T1Az00iEbRI/AAAAAAAAAiw/wWOskX3lvkE/s400/300588_216858691714197_100001702030253_548673_1324138198_n.jpg" width="321" /></a></div><div class="MsoNormal"><i><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: small;"> Por Marcos Araújo</span></span></i><b><span style="font-size: x-large;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> voz do Judiciário tem sido o sussurro do facínora amorfo escondido por trás das câmeras e das edições dos jornais que nos acompanham no limiar do dia, nas rádios, nas redes sociais, na televisão, etc., de um modo tão intrusivo que o imaginário psicológico da maioria se vê cambaleante ao sustentar conceitos errôneos de justiça, princípios e bons costumes, terminando por primar pela barbárie, por um Estado eminentemente vingativo, nos mesmos termos propostos por <i>Kant</i> e <i>Hegel </i>outrora, nos moldes da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lex Talionis</i>. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">No caso Lindemberg, por exemplo, não o qualificaria vítima, entrementes, produto da associação da institucionalidade do Tribunal do Júri, imanente do texto Constitucional, com “<i>C</i>” maiúsculo, com os auspícios sanguinários da opinião pública e da evidente contaminação do Poder Judiciário por um poder paralelo, este com “P” minúsculo, aos meus olhos, estranho ao nosso <i>Estado Democrático de Direito</i> da forma que atuou/vem atuando -<strike> o quarto poder</strike>.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Na Bahia o Projeto de Lei sutilmente nomeado como<i> “Anti Baixaria”</i>, já aprovado e vastamente noticiado, proposto pela Deputada Estadual Luíza Maia (PT), dispõe que não mais se utilizará recursos públicos para efetuar contratações de bandas cujas músicas conspurquem a imagem e essência feminina. Aqui, retorna-se para a mesma problemática sob outro enfoque.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Certamente o termo “ressocialização” diante do sistema penitenciário brasileiro represente absurdo sob a perspectiva individual de cada cidadão, remontaria situação análoga com a lei. Será que devemos educar a sociedade para que possa julgar o que ouvir, como se comportar, como interpretar as informações que até ela chegam, ou seja, torna-la pensante? Ou devemos outorgar-lhe o papel de mero receptor, aquele que permanece investido em políticas que tendem a tratar nossas mazelas como árvores, quebrando-lhe os galhos e mantendo as raízes no mesmo lugar. Inútil, cabeças racionalizadas entregues ao efeito rebanho.</div><div class="MsoNormal"><br />
A celeuma não habita no Big Brother, na duvidosa credibilidade (<i>?</i>) da <i>Revista Veja</i>, no sucesso de verão de Michel Teló, nas desditas levianas da mídia acerca de tudo e de todos, tal como suas perigosas sentenças que fazem o princípio da presunção de inocência mais inócuo do que nossa covardia política; sobretudo, o grande descalabro é o despreparo de boa parte dos cidadãos de captar, pensar e julgar toda situação como um <u><i>Universo</i></u> em particular.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">A desconstrução do poderio midiático se perfaz de dentro pra fora de cada indivíduo. Que o Judiciário cumpra com seu papel jurisdicional de acordo com os princípios que o equilibram, que nós saibamos compreender e entender que <i>Democracia </i>também se constrói em casa, valorando o que é frutífero, e percebendo o que não o é, no mínimo, com a destreza de um homem médio, para que amanhã ou depois nossas filhas não precisem de um ou outro projeto de lei para que não se identifiquem com cachorras, gatinhas, ou quaisquer qualidades que façam delas o lixo com o qual muitas mulheres hoje aprenderam a se identificar.Só funciona na TV.</div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-20417674367879425822012-01-30T17:18:00.000-08:002012-01-31T17:08:31.888-08:0028 de Janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>Por Marcos Araújo</i><br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-8EVPxhUO0K4/TydBLM2ZzFI/AAAAAAAAAik/WQEkOg8Z9yA/s1600/inseguran%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-8EVPxhUO0K4/TydBLM2ZzFI/AAAAAAAAAik/WQEkOg8Z9yA/s320/inseguran%25C3%25A7a.jpg" width="320" /></a></div><i><b><span style="font-size: x-large;">P</span></b></i>assa as chaves, João. Passa teu celular, passa tua pasta, tuas calças, seu sapato, seus segredos, já passara há tempos a confiança, agora passa o tênis, conserva o medo, passa teus olhos a me evitar, e a me identificar como um não Ser, como moléstia decadente que contagia adstritamente o que toca, o que anseia, o que olha com olho bandido. Passa, mas não fala, João. <i>Cala</i> –<i> </i> na verdade –<i> </i> passa tua voz, teu pranto, tua felicidade, deixa arrancar de ti toda mansidão que me falta, deixa arrancar-lhe teu pão, tuas vísceras alumiando a noite espúria feito âmbar, passa teu tempo e teu horror, meu alimento, passa correndo a carteira, documento –<i> pra que enfim seja eu alguém</i>. Arranca teu cordão, despe das vestes, nem pede arrego a quem não te quer ouvir. Se fores arrimo de família, filho, ou irmão, passa-me então a tua vida que nada vale nesta trilha qual malogrado tempo emergiu, passa a lembrança, o riso calmo. Arranco-lhe a<i><strike> vida</strike></i>, encerro-te ao passo em que tudo perde, em que tudo passa.M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-52437819718145724222012-01-22T20:20:00.000-08:002012-01-22T20:20:21.814-08:00" Colombo, fecha a porta de teus mares "<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/DDKp4wJPMxI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: x-large;">D</span></b>inheirinho suado, monstra dor, infundável ferida: Brasil. Malgrado da gente, malgrado de gente que chora, tampouco esboça no rosto alegria que nem sente. Pinheirinho, famigerada injustiça deste céu de anil que te apavora. Devora, e segue em frente. Quanto ao teu algoz, rei das sucatas, rico olímpico e abjeto, ganha voz neste projeto de justiça de nosso <i>brazil</i>. Assim, com <b>B</b> minúsculo, com<b> Z</b>, de<b> Zero. </b></div>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-596286049288849220.post-48618444343398470352012-01-19T05:01:00.000-08:002012-01-19T11:27:22.967-08:00Cais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-pJctwpPnX-k/TxgThZ-aADI/AAAAAAAAAic/fJCr9n2pRMk/s1600/7MzX5yIxdmd8w2l2RwIHANT9o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="http://2.bp.blogspot.com/-pJctwpPnX-k/TxgThZ-aADI/AAAAAAAAAic/fJCr9n2pRMk/s400/7MzX5yIxdmd8w2l2RwIHANT9o1_500.gif" width="400" /></a></div><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><b><span style="font-size: x-large;">[E</span></b>ncosta a nuca quente, en<strike>costa</strike><b><span style="font-size: x-large;">]</span></b><br />
Desnuda costa fervilhante<br />
Atraca à costa em imensidão<br />
Encosta as costas discretamente</span></span></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><br />
Guarda-me as costas feito cão de guarda<br />
<span class="text_exposed_show"> Transforma, desarma, gravita<br />
Incendeia apaixonadamente minha ilha</span></span></span></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="text_exposed_show">Despoja o medo, abraça-te à vida</span></span></span></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="text_exposed_show">Encerra a ferida, encerra o pranto</span></span></span></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="text_exposed_show"><br />
Acosta em meu mar tuas coxas, boca, pele, nariz<br />
<span style="font-size: x-large;"><b>[</b></span>Desagua nas águas rasas, me olha, encosta em mim.<b><span style="font-size: x-large;">]</span></b></span></span></span></h6>M. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16136593510607113029noreply@blogger.com0