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sexta-feira, 27 de abril de 2012

substantivando



Eu vou embora cedo e não voltarei ao ponto de partida, não aprendi a reverter os ponteiros nem desvendar o fronteiriço terreno da verdade, minha sina e o meu compromisso é com que ainda não nasceu, com a música ainda decomposta, com o mundo que  não vi porque só existe nessa sombra vaga que é o Amanhã, assim mesmo, feito substantivo próprio. Não volto e nem hei de voltar porquanto os passos que se encerram ao meu redor não me acompanham, a maioria sequer me apetece; portanto tornar-me-ei espécie distinta por aí, me hostiliza e avilta essa hora vaga que vivo e não me permite aprender uma infinidade do tudo que ainda não senti. Transcrevo então o poeta cuja palavra se fez eterna:

" - Meu tempo é quando ".

Por Marcos Araújo 

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