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segunda-feira, 16 de abril de 2012

joão sem terra




Misógino gentil:
Tu és letra morta
Informa em mim o que há de pior
Perde-se na desordem da rima
Inquina de miudeza a rima torta
Jaz dos fundos, foge às clareiras
Perpassa a janela, enquanto entreaberta a porta

Esvai daqui, ignominioso
Ruma alhures com teus laços tristes
Decai enquanto peso, pedra no sapato
Misantropo, nefasto, rei do que é ruim
Lobo aspirante a homem travestido de pedra
Medra noutras fontes e te retiras daqui
Tão certo que te deixo, quão cedo que partes?
O que é seu tranco às chaves. Esquecer-me-ei de abrir.  

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Se não leu, não comenta bobagem certo?
Obrigado o/