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domingo, 20 de junho de 2010

O Resto do Mundo clama.


Nós comemos hot-dog, adoramos promover um happy hour, perpetuamos o shopping, e não salvamos/resgatamos arquivos, o que fazemos se chama backup, a Praça Castro Alves talvez fosse mais elegante se caso fosse nomeada Praça Adam Smith e quando me refiro a nós, me incluo nessa multidão de gente representando a reação conseqüente das doses homeopáticas advindas das culturas ocidentais, tomando o cotidiano, degenerando maliciosamente os vínculos e símbolos nacionais constituintes da sociedade brasileira.
A língua, mais do que mero código lingüístico, distingue um povo do outro, é modificada à medida que se repete em civilizações diferentes. Se você sair na sua rua, sem precisar estar muito atento, vai conseguir notar a presença de dialetos estrangeiros, comumente aplicados no dia-a-dia, sem contar com as que são incorporadas freqüentemente no diálogo, em alguns casos substituindo o próprio português. Mas isso não é uma audácia, não diante da nossa pré-programação, não diante do discurso de um sonho euro-norte-americano, que nos mostra nos cinemas o quanto o socialismo de Cuba é decante, o quanto a vida de Paris Hilton é perfeita com toda a sua fortuna e padrão de beleza ditado, instaurado e absorvido por todo o resto do mundo com absoluto silêncio, "resto do mundo" se encaixa para os americanos do sul(afinal estamos na América não é?), africanos, que espirram quando a Europa gripa e vomitam nas novas gerações todo padrão cultural imperialista norte americano quando os Estados Unidos da América enjoa.
Mas nós nos unimos para o futebol, viva a copa, rumo ao Hexa!Vamos continuar odiando a Argentina, todos os argentinos.Irmãos de uma colonização de exploração, extrativista, que condenou os nativos e culminou na sua seguinte escravidão, como no fim de suas vidas, num genocídio brutal instituído pelo Ibérico civilizado diante do homem sem alma, sem fé católica, pronto para ser tornado homem de verdade e engrenagem de uma fábrica de dinheiro que possibilitou a ascensão das suas tecnologias e o nosso atraso sócio-econômico, o qual sem dúvida nenhuma deve todas as suas conseqüências a uma série de fatores diretamente ligados a esses parasitas históricos.
O brasileiro e o argentino, assim como outros povos sul-americanos, que não valorizam a sua origem, assim como tratam de julgar os outros ao redor que deveriam constituir associações politico-culturais fortes, ainda que fosse estritamente por conveniência, são os mesmos barrados, humilhados e deportados para seus respectivos países como uma bagagem qualquer no aeroporto de Barcelona ou na terra do Tio Sam, seja furando o bloqueio do Rio Grande ou tentando viver a fantasia sedutora da Disney.

“Think about it, HAHAHA!”

Um comentário:

Se não leu, não comenta bobagem certo?
Obrigado o/