Não houve outro tempo pra mim que aproximou tanto a tênue
linha que existe entre os sentimentos, todos eles, dos que se reprimem no
coração aos que perpassam os lábios, as mãos, os braços que se cruzam; e, ainda
que se trate de covardia, que boa era aquela época que acreditava na promessa
do desenho animado me informando que se existe bem e mal nesse mundo, coexistem
em universos distintos, cada qual com suas peculiaridades. Não era verdade, descobri
que esse maniqueísmo inventado só nos inspira a sofrer menos, enxergar
as desgraças da vida com menos tristeza. Apesar disso tudo, e de nem me
considerar homem feito ainda, não sou uma pessoa má, nem como se diria nesse
mundo nem o seria num desenho. Falível que sou, passível de erro, de cair
doente, de chorar vendo filme, de me distrair ouvindo música boa, de amar, de
amor, não sou uma pessoa má. Sou gente de verdade.
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Se não leu, não comenta bobagem certo?
Obrigado o/