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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Maurício Zerk - Agosto

"As cores vivas, a escuridão as esconde, lucidez e razão, se dispersam, clamando pelo inconsciente, imagens surgem ao acaso, presságios e lembranças se confundem. A perfeição só se vai com a chegada, da luz de um novo amanhã." (Zerk)
Por Elenilson Nascimento
Enfim, hoje é o lançamento oficial do CD do Maurício Zerk. O artista, que se considera um autodidata, que gravou a primeira demo em 2004 com a banda Via Dupla, que já participou de vários festivais de música, e que também já fez parte também dos grupos Fluxo Visceral, Conexão Urbana e da banda de rock UT Supra, além de participar do livro “Poemas de Mil Compassos” (2009), acaba de lançar o álbum “Agosto”. O disco já está disponível para audição na internet, onde Zerk deixa aos fãs a oportunidade de conhecer todas as faixas antes do lançamento em formato físico, programado para breve.
Depois de meses trabalhando nesse projeto, Zerk, enfim, lança de forma independente, esse seu primeiro álbum de carreira, depois de ter lançado vários singles na rede. “Agosto” é o projeto do cantor, músico, poeta, arranjador e compositor em que este último rótulo não pode ser aplicado assim de forma isolada. Zerk pisa em território muito conhecido por seus fãs, mas nem por isso menos desafiador. “Estou solto no mundo largo. Lúcido cavalo com substância de anjo que circula através de mim. Sou varado pela noite, atravesso os lagos frios, absorvo epopéia e carne, bebo tudo, desfaço tudo, torno a criar, a esquecer-me: durmo agora, recomeço ontem”, escreveu em seu blog.
O disco abre com o melancólico-instrumental “Bob”, em seguida entra nos “desejos que se foram em você” de “Janeiro”, surge até sons de chuva em “Certos Planos”, violinos sonoros com batidas fortes de baterias em “Tudo Igual” (linda essa música!). Mas, se você pensa que acabou, o disco continua pulsando como sexo em “Bom Pra Você” (lembra muito Evanescence), na canção “No Caminho” que fala de perdas, carinhos e esperas, na forte “O Que Importa”.
E as baterias voltam a bater na faixa título “Agosto”, e na música que eu achei mais autobiográfica de todo o disco “Mais Um Dia”, adorável! E, enfim, o meu poema chega de mansinho, lindo e gritante em “Uma Visão Contemporânea”. Nem vou falar mais sobre o que o Zerk fez com ele, pois vão dizer que eu paguei. Mas ficou perfeito! Em “Olha Só” ele revela que não sabe dizer nada, mas ainda tem tempo de contemplar o dia. Mas o bônus track não poderia ter sido melhor: uma versão maravilhosa de “Ray Of Light” (eu amo essa música) de Madonna. Ficou fodaço!
O projeto demorou a sair pela dificuldade de tempo, equipamento e de compor compulsoriamente – compor para o artista como Zerk parece ser uma necessidade física – mas o resultado superou todas as expectativas. Recentemente, Zerk lançou também o single “Eu Queria Ser John Lennon” clique aqui – que traz, com muito orgulho, na canção título desse trabalho um outro poema meu retirado do livro “Palavras Faladas Fadadas Palavras” (2002). Já esse novo álbum “Agosto” surge com doze faixas muito bem arranjadas e numa levada pop incrível. Por tanto, o cara tem talento. Pena que esse talento AINDA não esteja tocando nas rádios, mas, enfim, o cara não faz pagodes ordinários. Baixe o disco, confira e devore-o! É gostoso! 
Disponível em :http://poemasdemilcompassos.blogspot.com/ 
21 de outubro de 2010

Um comentário:

  1. Nunca tinha ouvido falar do cara, mas a ispiração em John lennon já diz muito.
    Adorei a nome do single, e esse álbum muito bom. (:

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Se não leu, não comenta bobagem certo?
Obrigado o/