Por Marcos Araújo
À míngua a mágoa se escondia sob a suntuosa abóbada da casa. À mingua figurava no meio dos verbos. Restava aturdida de tão ouriçada. Contorcia-se feito bailarina elétrica. Intrépida, retilínea, alimentada.
Aos olhos de uma menina, pueril. Aos olhos meus, lancinante. Aos olhos teus, tão distante feito tesouro dantesco.
A mágoa, transeunte dos versos. Macilenta dos lagos emersos. Aviltante do outono pretérito: o mal da mágoa. Ama à mingua a mágoa, ama a má. Ama à mingua.
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Se não leu, não comenta bobagem certo?
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