Por Marcos Araújo
Partira cedo para o outro lado do país, já era acostumada a transitar de um lado para outro como um andarilho faria, não se habituava, não se fixava, não amava a raiz do lugar ou a outrem até chegar aqui. Era carrancuda e eu já era problematizado, por mim e pelos outros, mas não havia medo ao conhecê-la, pra mim era como pedra bruta, caixa de pandora que ninguém disse se deveria/poderia abrir ou não, o fato é que me arrisquei, quis entender a rebeldia inócua daquela garota e não sei se havia intenção de réplica, o fato é que não me arrependi. Mais tarde, brigando, rindo, sentindo, conversando, o mundo nos conectou numa sintonia sem igual, ela é como a minha metade metafísica, feminina, o seu entendimento acerca de quem somos é meu também, costumo pensar no nosso amor como uma linda oração que me acalma, liberta e acalenta. Ela é como outro eu a se aperfeiçoar, cheia de demônios para destruir, permeada de perguntas sem respostas e ela me questiona como uma folha em branco ávida por poesia – ademais, assim a enxergo, ela é minha métrica, minha rima, minha menina. Cada conversinha madrugada afora enquanto o tempo corria, cada horinha de descuido na qual o poeta achou felicidade, os dias de sol e mar ao lado dela, as férias, os dias de chuva e turbação, nosso primeiro perdão, nossa aliança, nosso amor verdadeiro, tudo escrito no meu peito feito equação de primeiro grau: fácil, breve, simples.A distância não vai me permitir chorar outra vez ao vê-la partir, pois que há mais amor aqui do que qualquer medida espacial contida nesse mundo. Meu trópico, meu pólo, meu céu e luar são iguais aos seus, voa e traz mais felicidade, vai buscar o que é teu, traz em si o que é meu, Maria.
Para minha fidelíssima amiga, meus votos mais sinceros de felicidade e sucesso, ilumine seu novo caminho.
Partira cedo para o outro lado do país, já era acostumada a transitar de um lado para outro como um andarilho faria, não se habituava, não se fixava, não amava a raiz do lugar ou a outrem até chegar aqui. Era carrancuda e eu já era problematizado, por mim e pelos outros, mas não havia medo ao conhecê-la, pra mim era como pedra bruta, caixa de pandora que ninguém disse se deveria/poderia abrir ou não, o fato é que me arrisquei, quis entender a rebeldia inócua daquela garota e não sei se havia intenção de réplica, o fato é que não me arrependi. Mais tarde, brigando, rindo, sentindo, conversando, o mundo nos conectou numa sintonia sem igual, ela é como a minha metade metafísica, feminina, o seu entendimento acerca de quem somos é meu também, costumo pensar no nosso amor como uma linda oração que me acalma, liberta e acalenta. Ela é como outro eu a se aperfeiçoar, cheia de demônios para destruir, permeada de perguntas sem respostas e ela me questiona como uma folha em branco ávida por poesia – ademais, assim a enxergo, ela é minha métrica, minha rima, minha menina. Cada conversinha madrugada afora enquanto o tempo corria, cada horinha de descuido na qual o poeta achou felicidade, os dias de sol e mar ao lado dela, as férias, os dias de chuva e turbação, nosso primeiro perdão, nossa aliança, nosso amor verdadeiro, tudo escrito no meu peito feito equação de primeiro grau: fácil, breve, simples.A distância não vai me permitir chorar outra vez ao vê-la partir, pois que há mais amor aqui do que qualquer medida espacial contida nesse mundo. Meu trópico, meu pólo, meu céu e luar são iguais aos seus, voa e traz mais felicidade, vai buscar o que é teu, traz em si o que é meu, Maria.
Para minha fidelíssima amiga, meus votos mais sinceros de felicidade e sucesso, ilumine seu novo caminho.
A fome do novo não deixa que muitos criem raízes.
ResponderExcluirEnfim, lindo texto, vejo nele o amor mais verdadeiro e puro, sem sentimento de posse, apenas a vontade de ver o ser amado feliz e crescendo, mesmo que a longa distância.
É bom que saibamos que a vida é assim mesmo, que as pessoas dificilmente (para não dizer nunca) vão chegar para ficar pela eternidade. É saber amar a distância, sentir saudade como algo bom.
Amei o blog, simplesmente sensacional *-*
ResponderExcluirSeu texto me traz uma inspiração... ♥
Continue assim, visitarei sempre.
Uma boa semana, te sigo.
Kisses&Kisses
Be Fontana*
Essa foi a "carta" de até logo mais bonita que já li. É muito ruim ficar longe de quem gostamos. O que nos alivia é a tecnologia que encurta muito as distâncias. Parabéns pelo texto, ótimo como sempre; impecável.
ResponderExcluirJá estava com saudades do seu blog. Abraço.
Olá tudo bem?
ResponderExcluirMeu nome é Adriana.
Sou jornalista e produtora.
Eu procuro blog na internet para fazer divulgação de acessória de imprensa. Acompanho o seu blog faz tempo, e hoje gostaria de lhe convidar para publicar uma matéria em sua página. Eu poderia lhe enviar uma sugestão de pauta? Aguardo seu retorno
ribeirosa88@hotmail.com
Só consigo lembrar de Mari Beth
ResponderExcluirain.