
No último domingo, dia 07 de outubro, o centro cultural da Lapa,no Rio de Janeiro, recebeu o elenco da saga vampiresca de Sthepenie Meyer, cujo primeiro filme, Crepúsculo, estreou em segundo lugar nas bilheterias brasileiras em 2008. Não havia problema até então, até o momento que os moradores e comerciantes da região viram-se impedidos de circular para suas residências e ou estabelecimentos comerciais sem a apresentação de um comprovante de residência, o povo brasileiro não tem direito a uma escola pública de qualidade, a saúde, a condições de moradia adequadas, a segurança pública e mais recentemente vem perdendo o direito de ir e vir.
"Pago IPTU caríssimo, tenho direito de ir para a minha casa quando eu quiser!", protestou um morador.
Revoltados, os moradores queimaram banheiros químicos e instalou-se a balbúrdia, eles não são bárbaros, não são criminosos, não invadiram o território pertencente a outrem e nem entraram ilegais nos EUA pelo Rio Bravo, são pessoas de carne e osso, com contas para pagar, filhos em casa, problemas com a hipoteca, crises familiares, enfim, pessoas cujo sangue tem sido sugado paulatinamente em cada um desses escândalos em que o direito público confunde-se com o privado, nessa mistura heterogênea que é a receita mais rápida e prática da injustiça.
Certamente muitos fãs e simpatizantes da saga não enxergam a gravidade da situação, como perder tempo pensando na falta de respeito para com o nosso povo se podemos fritar no sol, pelas redondezas do set privado em plena via pública, na esperança de pegar o melhor clique de Robert Pattison?Não aconselharia nenhum cineasta brasileiro a enveredar-se nesse caminho, no dia que um brasileiro pensasse, observe, apenas pensasse em fechar um beco esquálido do Broklyn para gravar um curta metragem, era a hora de nos armar até os dentes, com nosso nacionalismo de copa e com o santinho da eleição passada no bolso e correr para Terceira Guerra Mundial.
Figurantes ganham R$ 70
Tapumes de ferro bloqueiam a rua Mem de Sá, impedindo o acesso de pessoas que não integram a produção do filme. Todos os figurantes que irão trabalhar assinaram um termo de responsabilidade, dando a certeza que não vão divulgar imagens do longa. Os que vão aparecer caminhando como pedestres comuns foram contratados por R$ 70. Os veículos de figuração além de receberem R$ 100, ganharam uma placa especial de identificação.
Fonte: www.paineldenoticias.com.br
Não é a primeira e infelizmente não será a última que um estrangeiro mostra ter mais poder de fogo em nossa terra do que nós mesmos,brasileiros de araque, o pior é perceber que enquanto há dez pessoas transbordando subversão, há mil por trás dela desligado de qualquer fonte de respeito próprio e coletivo, com os olhos voltados para o sonho americano e padrão europeu de que não fazem parte, nem da pele clara, nem dos cabelos lisos e muito menos do estilo vida, adotado como referência tão facilmente que a imposição cultural fez-se desnecessária com o tempo, tudo se tornou mecânico, ninguém tem cabelo crespo, ninguém é preto, o som de Chico Buarque é um lixo e assim o buraco aprofunda-se em zilhões de quilômetros abaixo, com “Z”, de BraZil.
"Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles (os brasileiros) dizem obrigado", diz Sylvester Stallone, no painel de divulgação de seu filme Os Mercenários, durante a Comic-Con 2010.
Se quiser mesmo saber o que penso, talvez seja melhor para de ler neste parágrafo e procurar outra distração. Monroe tem razão, a América é deles, o argentino, o peruano, o chileno, o paraguaio, o uruguaio, o brasileiro e os outros podem se considerar o apêndice do continente, “o adjetivo esdrúxulo com U”, é o que diria Caetano. Falando em nome do brasileiro, este povo resignado e sem muita vergonha no lombo para uso próprio; contudo, passível de comercialização, digo que dificilmente nossa sociedade saberá driblar esse péssimo hábito de prezar por tudo que esse país importa e desprezar a importância do que nós produzimos, do que nos pertence e do que nos é furtado, antes todo Estado vem a unidade e a unidade representa cada um de nós.
Afê! Nós, brasileiros, somos idiotas. Isso sim! Um exemplo bom para sua postagem é muitos verem alguns políticos não fazerem nada e estar ganhando sobre nossas custas e não fazer nada... Mas vai um timinho de merda perder um jogo de futebol, aaaah, o mundo acabou ¬¬
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Concordo. É tudo uma questão de sabermos nos colocar no lugar certo da prateleira(sociedade). No Brasil quem manda é o capital...
ResponderExcluirAbraço
O valor que damos ao Brasil é mínimo (sem generalizar). Tudo que vem de fora é melhor, vale mais. Nos tratamos feito lixo, por isso que estrangeiros também nos tratam assim - e ainda reclamamos, como se não exergássemos que o despejo de resíduos vem daqui de dentro mesmo. Os políticos veem apenas a evolução de sua classe, e a classe de políticos vê apenas o que gira em torno de seus interesses - "Aqueles miseráveis que se ferrem, mas se ferrem sem atrapalhar nossos negócios capitalistas". E o povo resolve, finalmente, se revoltar, fazer algo - mesmo que de modo errado - por si, e, então, são julgados vadios-vagabundos-delinquentes-anarquistas-da-pior-espécie e merecem ser presos. Os nossos direitos vão para onde? Se aqui só tem espaço para norte-americanos ou europeus, será que podemos achar algo nosso no norte da América ou na Europa? Não, porque lá eles não valorizam os estrangeiros!
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